Piauí já contabiliza 14 ataques a instituições financeiras só em 2018
Pelo menos 14 instituições financeiras já foram alvo da ação de quadrilhas especializadas somente este ano no Piauí. 20 pessoas já foram presas nas ações da polícia para combate a este tipo de crime e outras sete acabaram morrendo em confrontos armados durante tentativas de abortar as ações criminosas. Os dados são do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e foram repassados pelo delegado Willame Morais, que coordena a delegacia especializada da Polícia Civil.
A polícia apresentou, na manhã de hoje (26) os três indivíduos presos após intensa perseguição na região de Castelo do Piauí e Campo Maior e, segundo os depoimentos colhidos dos suspeitos, cada membro da organização criminosa ficaria com pelo menos R$ 1 milhão caso o roubo às instituições financeiras que pretendiam praticar ontem tivesse sido concretizado.
Para o coordenador do Greco, a quadrilha, que formada por criminosos pernambucanos e paraibanos, tinha um objetivo bastante claro e atuavam de forma extremamente bem estruturada. Segundo o delegado, até casa eles havia alugado em Campo Maior para servir como ponto de apoio.
Além dos três indivíduos presos ontem, a polícia ainda faz buscas por mais três pessoas, que ainda se encontram em fuga na região de Castelo. “O líder dessa quadrilha é pernambucano e não atua diretamente nos ataques, mas fornece todo o aparato para que eles sejam feitos: aluga carros, provê armamento, cuida da logística de instalação da quadrilha nas cidades-alvo e articula a comunicação entre os vários estados do Nordeste”, explica Willame.
A prova de que o grupo possui estrutura bem montada, segundo o delegado, é o tipo de armamento por ele utilizado, que inclui armas de guerra como calibre 762 e caibre 556, fuzis e munições de alto poder destrutivo. Somente em Teresina, nos quatro primeiros meses deste ano, o Greco apreendeu quase 300 emulsões, ou seja, 300 bananas de dinamite em poder de integrantes e suspeitos de integrar quadrilhas especializadas em ataques a bancos.
Sobre os criminosos que continuam foragidos, a Secretaria de Segurança informou que deslocou efetivos do BOPE, das Forças Táticas de Campo Maior, Castelo e São Miguel para região. A operação também conta com o apoio da Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil.