Ex-prefeito e diretor de educação agride professora e alunos durante desfile do 7 de setembro

manin rego
Manin Rêgo

O desfile cívico em comemoração ao 7 de Setembro no município de Barras foi palco de um atrito por parte do Gerente Regional de Educação e ex-prefeito do município, Manin Rêgo, e a professora de sociologia da Unidade Escolar Gervásio Costa, Lúcia Batista. O Sindicato dos Professores do Município de Barras chegou a emitir nota de repúdio contra o Gerente de Educação por ter ofendido e agredido a professora e alunos antes do desfile.

A professora relatou que pouco antes do desfile resolveu organizar um grupo com seis alunos do 1º e 2º ano do ensino médio da Unidade Escolar Gervásio Costa para realizar um pequeno protesto reivindicando melhorias na escola. A professora contou que os cartazes relatavam os problemas que a escola enfrenta, como a falta de bibliotecário, digitador, vigia e quadra coberta.

“Eu disse que a gente se posicionaria no fim, separado dos alunos da escola. O diretor da escola demorou a chegar ao local e a gente entraria no final. Nós só íamos entrar no fim. Era um pelotão denunciando o que falta na escola”, contou a professora.

Ao perceber que se tratava de um pequeno protesto, o Diretor Regional se alterou e tentou impedir que a professora e os seis alunos desfilassem com os cartazes. “Ele apontou o dedo para os meninos e para mim e disse que se eu desfilasse com esses cartazes ele me denunciaria na Secretaria de Educação. Quando ele viu que não me intimidei, ele tomou bruscamente o cartaz da minha mão e os dos meninos e rasgou. E ainda me chamou de vagabunda”, relatou a professora Lúcia.

A educadora falou que no momento os alunos fizeram um círculo e vaiaram Manin Rêgo em sinal de revolta pela reação agressiva do ex-prefeito e diretor de educação do município. A professora também contou que a escola é perseguida e se encontra em péssimas situações, e que após o acontecido, a diretora da unidade chegou a ir às salas dos alunos envolvidos e ameaçado os estudantes.

“Eu estou muito tranquila. Se existe alguém errado na história é ele. Eu como professora de Sociologia eu estaria sendo negligente comigo mesma se não fizesse o que fiz. A escola está acabada”, finalizou a professora.

Fonte: 45graus

 

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