Câmara Municipal de Teresina aprova moção de repúdio a FHC
A Câmara Municipal de Teresina aprovou, durante a sessão de ontem, dia 15, uma moção de repúdio ao ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Foram 14 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção. O argumento é de que FHC, que também é sociólogo, teria se referido aos nordestinos de forma preconceituosa ao fazer uma análise da grande votação que a presidente Dilma Rousseff (PT) teve na região, no primeiro turno das eleições.
Fernando Henrique teria se referido ao Nordeste como sendo ‘grotões’, o que despertou a ira de muitas pessoas. “(O voto do PT) está fincado nos menos informados, que consiste ser os mais pobres. Não é porque são pobres, que apoiam o PT, mas porque são menos informados. Essa caminhada do PT dos centros urbanos industriais para os grotões é um sinal preocupante do ponto de vista do PT, me parece. Ele está apoiado em setores da sociedade que são, sobretudo, menos informados”, declarou FHC no dia 5 de outubro, a um portal de notícias nacional.
O requerimento solicitando a moção de repúdio foi apresentado pela vereadora Graça Amorim (PTB). Ela lamentou as declarações do tucano e enumerou as obras que FHC deixou de concluir no Piauí, como o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), a Ponte Estaiada Isidoro França e o Hospital Universitário (HU). “Essas obras inacabadas são as únicas lembranças que o piauiense tem do governo de FHC no Piauí. Ele não pode falar do Piauí porque não anda no Piauí. Suas palavras deixam transparecer que ele gostaria que continuássemos sendo dominados pelos coronéis e emigrando em massa para o Sul e Sudeste em busca de emprego”, disse.
A parlamentar refutou as palavras do tucano mostrando números de escolas técnicas e de empregos gerados no Nordeste na atual gestão. “É lastimável querer que o Nordeste volte ao atraso. Os dados estão aí: 2,2 milhões de trabalhadores fizeram cursos técnicos; 30% dos matriculados no Pronatec são nordestinos, 141 escolas técnicas e 630 mil jovens nordestinos na universidade”, citou.
Portal O DIA