Associação faz campanha para legalizar uso de paredão em Teresina

A Lei do Silêncio de Teresina aprovada em 25 de abril de 2006 estabelece algumas regras que visam garantir o sossego da população da capital, entre elas a lei determina os níveis máximos de sons e barulhos permitidos em vários setores da cidade.

Em áreas compostas por hospitais, escolas e bibliotecas, por exemplo, o máximo de ruído permitido é de 45 decibéis, em qualquer horário. Já em pontos residenciais, o máximo é de 55 decibéis.

No entanto, mesmo com a lei, ainda é grande o número de reclamações, de acordo com o delegado Evaldo Farias, os números de apreensões têm aumentando bastante. “Em alguns casos, as pessoas tiram um alvará para o funcionamento de um estacionamento, algum tempo depois esse local passa a funcionar como casa de show, que muitas vezes começa apenas como um bar” destaca o delegado Evaldo Farias, da Delegacia do Silêncio.

Em Teresina o maior número de apreensões está relacionado a veículos de som, logo atrás vêm os paredões. Segundo o delegado, do mês de janeiro de até abril de 2013 foram mais de 35 apreensões, que vão desde paredões a caixas amplificadas. Foram contabilizados 26 apreensões de veículos e 7 de paredões acoplados a carros.

Ainda, de acordo com o delegado, por mês em media são realizadas 40 ocorrências. Geralmente a multa para quem descumpre a lei do silêncio gira em torno de 500 reais, podendo resultar em prisão, dependendo do caso. “No caso dos paredões, já há uma lei para o uso desse tipo de som, mas o uso tem que ser num local fechado, com acústica e com todas as normas de segurança”, fala o delegado.

Já para a Associação Piauiense dos Amantes de Som Automotivo (APISOM), devido ao aumento de apreensões em carros de som na capital, a associação revindica a legalização de um espaço onde os paredões sejam ouvidos ao som máximo. “Estamos com a Campanha Legalizar Paredão Já, pois o uso de som automotivo é um hobby, mas as pessoas não entendem acham que somos marginais, por isso o nosso lema é Sim eu uso som e não sou marginal”, afirma Rinaldo Gomes, presidente da associação.

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