O município de Esperantina foi o primeiro a decretar estado de emergência em decorrência de enchentes. O decreto foi assinado ontem pelo prefeito Jânio Aguiar (PSB), e é válido por 90 dias. O rio Longá, que corta a cidade, elevou o nível em sete metros e alagou as casas das famílias que moram nas margens. O prefeito decretou emergência e remanejou cerca de cem famílias para as casas de um conjunto habitacional onde ainda falta água e luz.
Ele encaminhou ofício à Defesa Civil Estadual pedindo cestas básicas e carro pipa. Os municípios de Barras, Luzilândia e Batalha também estão em estado de alerta e com os decretos prontos para serem apresentados ao Governo do Estado. O diretor de Unidade da Defesa Civil, Jerry Herbert Barbosa, confirmou o decreto de emergência e disse que o prefeito adotou medidas preventivas para evitar maiores problemas. Ele pediu apoio de imediato para a doação de cestas básicas para atender cerca de cem famílias e providenciar um carro pipa para garantir o abastecimento d´água para estas pessoas.
As famílias reclamam que foram removidas para casas construídas pela ADH (Agência de Desenvolvimento Habitacional), mas não têm água, nem energia. Estamos cobrando os projetos dos prefeitos em cada município para que o Governo do Estado determine a execução das ligações de água e luz nas casas. As casas foram construídas com recursos do Ministério da Integração Nacional, através da ADH, com contrapartida do Governo do Estado, explicou Jerry Herbert.
Segundo dados da Prefeitura de Esperantina, as famílias residentes nos bairros Batista de Amorim, Vila da Paz, Pedreira e Nova Esperança foram atingidas pelas águas do rio Longá. O rio subiu mais de sete metros e algumas famílias já foram desajoladas. A preocupação do prefeito Jânio Aguiar é porque continua chovendo e o nível do rio continua subindo. A situação tende a ficar crítica no município, lamentou Jânio.
Jornal Diário do Povo