Escola que homenageia meu avô cai no esquecimento!

Por Macelino Keliton

É bom viver! As lembranças estão vivas em nosso pensamento de um lugarzinho no meio do nada que nos ensinou o que é FAMÍLIA.

 

Apesar de não ter conhecido pessoalmente meu Vovô paterno me deixou um aprendizado: gostar do que é bom como de Luiz Gonzaga, estudar e trabalhar. Relatos dizem que Firmino Luis da Silva era um Homem, com “H” maiúsculo. Depois que Deus o levou nos deixou saudade.

 

Pensando assim eis que algum político quis homenagear-lo dando à escola da terra onde viveu “Vereda da Cobra” seu nome. Assim nasceu a Escola Municipal “Firmino Luis da Silva”. Depois de  36 anos de sua morte a escola cai no esquecimento do poder público de Esperantina. Já não fazem homem como antigamente.

 

Os familiares sentem muito por este descaso, retrocesso educacional e perda de valores quanto ao um homem que contribuiu, doando seus filhos, netos e bisnetos, para o desenvolvimento humano, econômico e social de Esperantina.

 

Estamos em um mundo onde o elo familiar se perde ao longo do tempo. Basta morrer para ser comprovado que não passamos de carne e osso que serve apenas para adubar a terra que nos criou.

 

Não me digam como devo ser. Sei do que não gosto. No entanto minhas lembranças me fortalecem me alimenta e jamais esquecerei que um dia vocês esquecerão-se de mim. Não sou nada. O que penso pode mudar o mundo e assim meu querido Vovô viverá eternamente na lembrança por ter contribuindo para o que sou hoje através de seu sangue.

 

O interesse não é criar e educar filhos para o futuro. O futuro agora é feito de dinheiro, poder. Esperantina está esquecendo seu passado glorioso por conta de seu presente não ser feito de homens.

 

Como construiremos um futuro de valores, de dignidade, de respeito se tudo isso já não é passado de pai para filho como antigamente?

 

Pobre Esperantina!

Pobre de nós!

Pobre da educação feita por muitos mal educados!

 

Mesmo assim querido vô Firmino Luis, onde esteja, saiba que teus filhos não fogem a luta muito menos esquece seu passado.

Foto: Luis Nidoval