‘A Chayene não é uma vilã’, avisa Cláudia Abreu

Madonna da caatinga, Elba Ramalho pós-moderna e Joelma em versão novela das 19h, a Chayene de Cheias de Charme é absurda o suficiente para ser divertida e humana o bastante para parecer uma estrela pop real. Afinal, de tantas fofocas cabeludas que circulam sobre todos os tipos de divas – das mais eruditas às mais populares, das nacionais às internacionais – não é de se duvidar que a criatura bem que poderia estar rodando em turnê verdadeira por aí, a bordo daquele avião de Barbie surtada.

Em entrevista , Cláudia diverte-se com as frases cortantes – “A depiladora me deixou a virilha feito um carpaccio!”, disse ela outro dia, descendo as escadas de sua mansão pink – e demais exageros de sua personagem, e diz que ela é uma colagem das divas possíveis e até das inimagináveis. “Não me inspirei em alguém em especial, nem poderia, porque a Chayene é uma entidade”, anota.

Linda em cena e fora dela, a atriz de 41 anos garante que a preparação para incorporar Chayene é só de voz e interpretação, nada de ginástica pesada. Mãe de quatro filhos, entre 8 anos e sete meses de idade, do casamento com o cineasta José Henrique Fonseca, ela faz questão de guardar um tempo para ficar em casa, brincando. “Quando não estou gravando, fico todo o tempo que puder com eles”, conta.

Aos olhos do público, com aquele jeito espalhafatoso, a Chayene é muito divertida. Como você tem visto a personagem?

Ela é uma pomba-gira, né? É divertida, e Cheias de Charme é uma novela de humor, mas não dá pra deixar de notar que ela é grosseira, maltrata as empregadas. Realmente, é uma pessoa que tem dinheiro e subiu na vida, mas que não teve uma educação refinada, digamos (risos). Ela acreditou no próprio sucesso, ficou dependente dele e se tornou uma pessoa arrogante. Mas é engraçada dentro dessa arrogância.

É uma sádica.

Com certeza. É engraçado porque ela é a “Rainha das Empregadas”, mas maltrata quem trabalha na casa dela. Isso é que vai contribuir para a derrocada dela… Mas, por outro lado, não a vejo como uma vilã que vai sair por aí fazendo maldades. Ela conquistou o sucesso e imagino que fará de tudo para mantê-lo, isso sim. Por isso, tenta a todo custo controlar o Fabian (Ricardo Tozzi). Lançou a carreira dele, e agora quer se beneficiar do sucesso que ele conseguiu – ela acha que ele lhe deve isso. E ela guarda um segredo sobre ele, que vai usar para chantageá-lo mais adiante.

É a personagem mais esfuziante da sua carreira, sem dúvida. É tão divertido interpretá-la quanto é pra gente vê-la?

Acho que sim. O ritmo é puxado, mas eu estou me divertindo muito. O figurino é incrível, ela usa tudo o que você nunca pensou que usaria – pele, pluma, strass, tudo junto. É o que mais me diverte, fora as cenas em que ela maltrata os outros. Eu sou sempre básica, casual, uso no máximo um blush… Com ela, não – tenho de botar ainda mais cabelo, unhas e cílios postiços, tudo, até virar uma entidade (risos). É muito bacana fazer um personagem tão distante de você.

E é um figurino curto e decotado. Fora a preparação vocal que eu sei que é contínua, você está fazendo algo especial para o corpo?

Ah, não… Sabe por quê? Já é muita coisa, simplesmente não dá tempo. Nunca fui de fazer muita ginástica, musculação, essas coisas. E, pra te ser sincera, quanto eu tenho algum tempinho, prefiro ficar com meus filhos, cuidar deles um pouco porque a rotina de gravações me tira muito de casa.

E olhe que são quatro querendo atenção. Sempre sonhou ter família grande?

Não… Sempre achei bonito quando via um casal assim, com mais de três filhos, o que é cada vez mais raro. Mas nunca planejei isso. Simplesmente, aconteceu. Acredita?

Fonte: Veja

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