Silagem de pastagem é alternativa para o rebanho durante a seca
Justificando o decreto de estado de emergência, a Prefeitura enviou ao Governo Federal, o relatório discriminando perdas de 80% na produção de milho e arroz, 60% de feijão e 50% de perda na cultura da mandioca, mas os efeitos da estiagem ainda serão agravados nos próximos meses, quando faltará inclusive água nos poços que abastecem grande parte da população rural. Mas a situação também não será diferente para os criadores, a pouca pastagem no campo e pouco produção da roça, precisam encontrar formas alternativas para alimentar os animais nos próximos meses.Nesta quarta-feira 30, o prefeito Chico Antonio, o representante do Banco do Nordeste em Esperantina, Nonato Almeida e o engenheiro agrônomo, secretário de desenvolvimento rural, Joaquim Patrocollo, fizerem dia de campo, registrando uma destas alternativas, que é a construção de silos nas pequenas propriedades. O projeto que está sendo desenvolvido pela Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural, está auxiliando os pequenos produtores a processarem o pouco que foi colhido de milho, cana de açúcar, capim e mandioca, para a produção de ração que deve sustentar os animais, sobretudo nos meses mais secos do ano.
Pelo projeto, a Prefeitura garante todo o maquinário e o técnico que orienta a produção e os produtores entram com a mão de obra na roça e tem sido uma parceria que vem dando certo, como explica o prefeito Chico Antonio.
“No primeiro ano que trabalhamos com a silagem, chegamos a perder parte das pastagens porque era uma cultura nova pra os produtores, agora já se nota uma mudança de comportamento, não se perde mais nada dos roçados, quintais e plantações de cana, e a procura tem aumentado bastante. Esse ano, queremos ultrapassar as 2 mil toneladas de silagem.” avalia.
Com a experiência de quem já perdeu animais por falta de chuva, o pequeno produtor, Moacir Amorim, da comunidade Tinguís, aprova o projeto e acredita que a silagem tem servido como um porto seguro, uma garantia de que terá ração para alimentar o rebanho por mais de 3 meses, até chegar o períodos das próximas chuvas.
“Aqui, ninguém tinha feito silagem, mas depois desses 3 anos, ouço dizer que são mais de 50 produtores que já querem participar. Hoje, produzimos 30 toneladas de silo, que ficará armazenada e só pretendo utilizar quando a situação aperrear mais ainda, aí alimentar o gado até o outro inverno chegar.” Explicou.
O associativismo da AOVICAPRE reduziu o lucro do trator, deu tratorista e equiparou as vantagens dos não sócio ao dos sócios. É uma parceria. Mas nada disso ficou prestigiado na reportagem. O descuido marginaliza a união dos trabalhadores rurais em associações, estas perduram mais que governos.