Piauiense conduz tocha na abertura das Paraolimpíadas 2016
Em agosto, o mundo viu o catarinense Gustavo Kuerten entrar no Maracanã com a chama olímpica.
Menos de um mês depois, foi a vez do piauiense Antônio Delfino fazer o mesmo, com a chama paralímpica.
Para nós, conterrâneos, não é pouco. Para Delfino, um justo reconhecimento. Uma honra para poucos, como ele.
Delfino nasceu em Redenção do Gurgueia (PI) e tem 45 anos. Era adolescente quando trabalhava na lavoura e teve a mão esquerda amputada. Mais tarde, foi embora para Brasília (DF). Incentivado a correr, virou atleta e conquistou a prata nos 400 metros rasos em Sydney 2000. Quatro anos mais tarde, foi ouro nos 200 e 400 metros, com direito a recorde mundial.
É o maior atleta paralímpico piauiense da história. E reconhecido no meio esportivo como um dos mais importantes do país até hoje. Não foi escolhido por acaso.
Talvez fosse isso o que faltasse para que o nome de Delfino fosse eternizado no mundo do esporte. E assim, quem sabe, mais reconhecido por piauienses e brasileiros.
A cerimônia de abertura, na noite desta quarta-feira (7), teve muitos momentos marcantes. Delfino passou a tocha para Márcia Malsar, primeiro grande nome entre atletas paraolímpicos no Brasil. Ela caiu no percurso, se levantou e prosseguiu, aplaudida de pé. Depois vieram outros monstros do esporte: Ádria dos Santos, também do atletismo, e o nadador potiguar Clodoaldo Silva, que acendeu a pira dando uma lição sobre acessibilidade.
Fonte: CidadeVerde