Violência contra a mulher é o segundo crime mais praticado no Estado, diz PM
A violência contra a mulher representa o segundo maior índice de crimes praticados no Piauí, de acordo com a Polícia Militar. Agressões domésticas e feminicídios perdem apenas para o tráfico de drogas no que diz respeito às ocorrências recebidas no 190. A informação é do comandante da PM, coronel Carlos Augusto Sousa.
Diante desta constatação, Polícia Militar, Ministério Público e o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher firmaram um termo de parceria com o objetivo de capacitar policiais militares para a abordagem às vítimas destes tipos de crime e a seus agressores. Assinaram o termo o procurador-geral de Justiça do Estado, Cleandro Moura, o promotor de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Francisco de Jesus Lima, o comandante da PM, coronel Carlos Augusto, e a psicóloga Cinara Veras, que vai fazer o acompanhamento das vítimas.
“Estamos buscando essa parceria porque é a Polícia Militar que primeiro faz a abordagem e queremos ir além da simples prisão do agressor e acolhimento da vítima. Queremos traçar o perfil deles e, a partir disso, estabelecer políticas públicas efetivas voltadas para a prevenção deste tipo de violência. Vamos abordar essas ocorrências em três planos: o social, o jurídico e o psicológico e fazer desses policiais agentes transformadores nesse sentido”, explica o promotor Francisco de Jesus.
A capacitação começará a partir do próximo dia 14, com uma palestra no Centro de Educação Profissional (CEP) da Polícia Militar, onde vão se reunir os policiais que trabalham na parte ostensiva, em viaturas e nas ruas de Teresina. Inicialmente, serão capacitados mil policiais, mas esse número será ampliado gradativamente à medida que o projeto for apresentando resultados. “Vamos começar primeiro pela capital e depois seguiremos com a interiorização dessa ação. Nós queremos subsidiar as tropas com mais informações de forma contextualizada para melhorar esse atendimento às famílias vítima deste tipo de violência”, explica a capitã Joseline Alves Dias, do CEP.
Fonte: PortalODIA