Reflexão: UM PAR DE SAPATOS VELHOS

“A felicidade é a nossa missão e apenas quando a cumprimos é que nos sentimos verdadeiramente vivos.”

Marcio KüJhne

UM estudante universitário saiu um dia a dar um passeio com um professor, a quem os alunos tinham em consideração devido à sua bondade para os que seguiam as suas instruções. Enquanto andavam, viram em seu caminho um par de sapatos velhos e calcularam que pertenciam a um homem que trabalhava no campo ao lado e que estava prestes a terminar o seu dia de trabalho.

O aluno disse ao professor: “Vamos fazer uma brincadeira: Vamos esconder os sapatos e nos esconder atrás dos arbustos para ver sua reação quando não os encontrar.” “Meu querido amigo,” disse o professor, “nunca devemos nos divertir à custa dos pobres. Você é rico e pode dar uma alegria a este homem. Coloque uma moeda em cada sapato e depois nos escondemos para ver a sua reação quando os encontrar.”

Ele fez isso e ambos se esconderam no meio dos arbustos. O pobre homem terminou as suas tarefas diárias e caminhou até os sapatos, para voltar para casa. Ao chegar deslizou o pé no sapato, mas sentiu algo dentro deste. Baixou-se para ver o que era e encontrou a moeda. Pasmado se perguntou o que havia acontecido. Olhou a moeda e voltou a olhar. Olhou à sua volta, para todos os lados, mas não via nada nem ninguém. Guardou-a no seu bolso e foi calçar o outro sapato. Sua surpresa foi ainda maior quando encontrou a outra moeda, seus sentimentos esmagaram-no.

Colocou-se de joelhos, levantou os olhos ao céu, e em voz alta fez um enorme agradecimento, falando de sua esposa doente e de seus filhos que não tinham pão e devido a uma mão desconhecida não morreriam de fome.

O estudante ficou profundamente emocionado e seus olhos ficaram cheios de lágrimas. “Agora,” disse o professor, “não está mais satisfeito com esta brincadeira?” O jovem respondeu: “O senhor me ensinou uma lição que jamais vou esquecer. Agora entendo algo que antes não entendia: Há maior felicidade em dar do que em receber”.

Lembre-se, a felicidade se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.

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