Aluno surta durante a aula e diretora diz que ele estava sendo exorcizado
Na última quarta-feira (07/08) um fato inusitado aconteceu na unidade do CEPTI Candido Borges Castelo Branco, antigo GOTE, em Campo Maior. Um aluno de 16 anos que cursa o 1º ano do ensino médio de repente começou a apresentar comportamentos estranho.
De acordo com a diretora Rosiana Ibiapina, ele sorria muito, falava com uma voz estranha pedindo cigarro e cachaça. Vários professores começaram a procurar uma solução para o problema. Chamaram pastor evangélico, polícia e até uma umbandista identificada como Julita Pimentel, que é mãe de uma aluna da escola.
O aluno desprezou a presença do pastor e repudiou a policia, mas teria aceitado conversar com Julita que chegou à escola com cigarro e cachaça pra atender o pedido do espírito. A umbandista disse à imprensa que o policial, que pertence a uma igreja evangélica, não lhe deixou entrar pra fazer os procedimentos junto a entidade que teria possuído o garoto. “Ele estava machucando o rapaz e agredindo-o. Eu me senti discriminada e disse que queria apenas servir uma entidade, mas ele ameaçou me prender porque só ele podia fazer aquilo por ser pastor”, desabafou. Ela relatou que o menino estava muito agressivo e pra imobilizar o garoto, o policial usou da força e chegando até a machucar o jovem.
Rosiana garantiu que não houve quebra-quebra, como disse a umbandista e negou que ela tenha sido ameaçada pelo policial. Sargento Cunha, por sua vez, argumentou que apenas fez o papel de policial pra conter um problema que estava acontecendo na escola.
A situação foi contornada após o aluno ser imobilizado pelo policial. Segundo Julita, a entidade só foi embora porque estava sendo agredida. Ela informou que o aluno havia recebido o “João Caveira” que é do lado do mal e por isso ele teria tentado fazer tudo de ruim na escola. O estudante estava muito vermelho e já tinha dado dois murros no policial.
A diretora contou que no momento do fato os professores ficaram todos trancados numa sala. Julita disse que apenas ia dialogar com a entidade, mas não ia dar nada ao garoto. Revoltada com a ameaça de prisão por causa da religião, ela desafiou o policial a ir prender os umbandistas no próximo dia 24 de agosto numa festa que será realizada em praça pública as margens do açude grande de Campo Maior em homenagem a Yemanjá.
Em entrevista, Rosiana informou que não houve nenhum confronto e que tudo não passou de um susto. Ela explicou que só chamou a policia porque o menino ameaçava se enforcar, mas se Julita tivesse chegado antes do policial, teria deixado ela fazer os procedimentos que acha necessários.
A situação durou aproximadamente uma hora, e o fato voltou a acontecer na manhã desta sexta-feira (09). Por conta disso, as aulas foram suspensas e todos os alunos liberados. A direção da escola já se reuniu com a família do jovem e o próprio irmão dele, assistiu toda a cena que ocorreu na última quarta-feira. Rosiana afirma que todos os alunos têm tratado o colega com muita naturalidade. Ela crer que ele esteja passando por um problema espiritual e pretende ajudá-lo.
Com informações do Campo Maior em Foco