O Presidente Michel Temer, há quase um ano na presidência, praticamente não mudou o número de cargos, funções de confiança e gratificações do governo federal, de acordo com a Associação de Contas Abertas, que acompanha as contas públicas brasileiras. A quantidade de funcionários nessas funções se manteve em cerca 100 mil funções de confiança no último ano.
O Ministério da Educação que possui 47.252 cargos, funções de confiança e gratificações. É a pasta com maior parcela de cargos. Em seguida, está o Ministério da Fazenda com 6.688 cargos, funções de confiança e gratificações. Já na Presidência da República são 6.293 mil.
Os cargos da Presidência da República representam cerca de 30% dos 20 mil funcionários que estão lotados na Pasta.
A promessa do governo com a publicação do Decreto nº 8.785/2016 e da Medida Provisória 731/2016 era a extinção de 3.384 cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), além da transformação de 10.462 cargos DAS em Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE).
O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, disse que a medida buscava economizar R$ 230 milhões por ano, mas admitiu que a redução de custos é “baixa” diante do gasto anual do governo com folha de pagamento dos servidores ativos e inativos, que é de R$ 250 bilhões anuais.
O secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castelo Branco, disse que quantitativamente o governo praticamente só alterou nomes de cargos e funções. “O governo ainda tem quase 100 mil cargos, funções e gratificações, o que mostra que ainda há muito o que cortar nas despesas na administração pública federal”.