Focos de calor no Piauí aumentaram 145% entre julho e agosto
Com a chegada do B-R-O-Bró – período mais quente do ano – o Piauí entra em alerta por conta dos problemas causados pelo aumento da temperatura. A situação fica ainda mais difícil, porque o Estado, como um todo, apresenta nível crítico quanto ao risco de fogo, de acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O levantamento de diário mostra que os focos de calor no Piauí subiram 145% entre julho e agosto, saindo de 643 (em julho) para 1.572 (em agosto). E a tendência é que esses números aumentem ainda mais, visto que somente nas duas primeiras semanas de setembro, já foram registrados 1.433 focos de calor no Estado. Essas áreas de focos de calor são aquelas onde se registram as maiores temperaturas e, consequentemente, as chances de ocorrência de fogo.
A baixa umidade do ar é um dos fatores que contribui para a formação dos focos de calor que podem levar a incêndios. De acordo com Inpe, o a umidade relativa no Piauí está girando em torno de 30 a 50%. Para efeito de comparação, em alguns Estados do Nordeste, como na região do recôncavo baiano, a umidade está chegando a 95%.
Mas a baixa umidade é resultado, principalmente da falta de chuvas no Estado. O Piauí está passando em média 120 dias do ano sem precipitação. Em alguns municípios do Meio Norte, essa média cai para 30 a 40 dias.
Conforme orienta o Corpo de Bombeiros, a melhor forma de evitar incêndios fazer é a capina de terrenos, não jogar lixo em terrenos baldios ou beira de estradas e evitar usar fogo para eliminar entulhos. “Uma vez que o fogo começa, as condições contribuem para que ele se alastre facilmente”, finaliza o major Veloso.