Jovens são maioria em atendimentos no ambulatório de prevenção ao suicídio

O suicídio pode ser evitado em mais de 90% dos casos. Hoje, 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, também é a data em que o Provida, ambulatório especializado no atendimento, completa quatro anos em Teresina. Em 2017, o ambulatório realizou 2.514 atendimentos psicológicos e médicos. E de janeiro a julho de 2018 já foram 1.465 atendimentos.

De acordo com relatório geral 2017 do Provida, 69% das pessoas atendidas no local foram do sexo feminino, 64% eram jovens de até 29 anos, 68% solteiros, 37% efetivamente tentaram suicídio, 8% planejaram, 55% tinham ideação suicida. Sendo que os que tentaram realizaram o ato em suas residências e 88% dos casos pediram ajuda após o ato.

“O Provida disponibiliza psicólogos e psiquiatra para atendimento de pessoas com ideias suicidas ou que tentaram o suicídio recentemente”, explica Ideane Pereira, psicóloga do ambulatório.

O suicídio é um problema de saúde pública que mata pelo menos um brasileiro a cada 45 minutos, mais do que a Aids e muitos tipos de câncer, porém pode ser prevenido em 9 de cada 10 casos. O movimento Setembro Amarelo, mês de prevenção do suicídio, iniciado em 2015, visa sensibilizar e conscientizar a população sobre os meios para a prevenção e a importância do acesso a informações confiáveis, preconizadas pelo Ministério da Saúde e também pela OMS – Organização Mundial da Saúde.

O Provida funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h no Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo. O atendimento é por demanda espontânea, ou seja, não precisa de marcação prévia. O paciente é atendido por psicólogo e psiquiatra e, dependendo do quadro, inicia o acompanhamento no ambulatório.

São admitidos no Provida somente usuários com idade superior a 12 anos, que se encontram em crise suicida. “Definimos uma crise suicida como um breve e intenso episódio de ideação suicida acompanhado de desejo suicida, uma tentativa de suicídio, ou outros comportamentos relevantes ao suicídio”, afirma Ideane Pereira.

Ainda segundo a especialista, o estado de crise é caracterizado por desequilíbrio e desorganização, vivenciado com muito sofrimento psíquico (ansiedade, depressão, raiva, pânico, desespero, desesperança, e/ou dor psíquica, dentre outros), pela ruptura do funcionamento habitual prévio, bem como pela limitação no tempo, podendo durar de quatro a oito semanas.

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