Esperantina passa por uma nova estruturação urbana
Por Macelino Keliton
“(…) não basta pensar em termos de estrutura urbana; é preciso definir os elementos da estrutura urbana e suas relações antes de analisar a composição e a diferenciação das formas espaciais” (CASTELLS, 1983, P.191).
Quando esta frase foi feita pelo sociólogo espanhol Manuel Castells com certeza a cidade de Esperantina passava, naturalmente, pelo seu longo processo de formação começado desde as primeiras fazendas de gado bovino às margens esquerda do Rio Longá.
Trinta e cinco anos depois da frase, Esperantina ainda continua com o processo de construção de um espaço geográfico mais bem estruturado.
Agora com novas dimensões que vão desde a social/história passando pela espacial, econômica e até mesmo tecnológica.
As facetas e consequentemente os atores que penduram como principais fatores dessa estruturação se entrelaçam de forma nada planejada na formação da nova paisagem artificial que a cada dia caracteriza a cidade como mais um exemplo brasileiro de aglomeração urbana sem um estudo de zoneamento urbano adequado à realidade social/natural.
A organização urbana esperantinense passam por processos que distribuem as unidades espacial de acordo com suas especialidades.
Inicialmente próximo ao rio longá, núcleo de nascimento da cidade, era considerada o centro do espaço urbano e consequentemente o restante do Retiro era considerado a marginalização.
Depois de anos de tralhado, com seus inúmeros instrumentos de produção, a cidade passa a se expandir. Tudo isso da forma mais natural possível.
As circulações fizeram com que novas unidade espaciais passassem a serem criadas ou mesmo as já existentes apenas aumentadas.
Com isso a segregação espacial, acompanhada ‘devidamente’ da econômica, a cada dia amadurecia pendurando até os dias atuais.
Hoje percebemos, de forma mais nítida, cada espaço de lazer, de moradia, de trabalho e a isso a localização das classes sociais de acordo com seus setores de produção e de renda.
Antes apenas um canal de ligação entre o centro e inúmeros bairros marginalizados da parte norte da cidade, hoje a principal Avenida de Esperantina – Av. Petrônio Portela – é considerada o espaço/unidade dos serviços de gastronomia.
Da comida italiana à japonesa, a sociedade esperantinense e visitantes podem se localizar para comer e beber dentro do espaço geográfico que vem sendo construído com as novas anuências públicas e privadas onde o acaso é chefe da casa.
A gente se encontra aqui!