Negociações não avançam e dinheiro já falta em caixas eletrônicos
Há quase uma semana da paralisação dos bancários, as mais de 250 agências e postos de autoatendimento seguem com atividades suspensas ou serviços deficientes. O Sindicato da categoria já visualiza uma possível falta de cédulas nos caixas eletrônicos de todo o Estado, por conta da ausência de pessoa para realizar a reposição das quantias nas máquinas.
As negociações não têm avançado e o Sindicato pede um aumento de 11,93%, enquanto os bancos propõem apenas 6%. Ao todo, são 3.503 trabalhadores bancários no Estado, que trabalham em 159 agências e 119 postos de atendimento por todo o Piauí. A recomendação de alguns bancos é que os clientes utilizem os terminais de autoatendimento, e caso tenham que realizar algum pagamento eles poderão esperar até o primeiro dia útil após a greve para fazerem o mesmo sem cobrança de juros.
O diretor de recursos humanos do Sindicato dos Bancários do Piauí, Carlos Arias, afirma que não houve negociações, e que não há previsão para o término da greve. “Algumas agências realmente radicalizam na paralisação dos serviços. Creio que até o final desta semana falta dinheiro em muitos caixas eletrônicos do Estado”, afirma o sindicalista, que afirma que uma das táticas usadas para terem as suas reivindicações atendidas, é que quanto mais pararem os serviços, maior será o poder de mobilização, que é calculado pela direção dos bancos para chamarem os sindicatos para uma negociação. Segundo ele, o movimento deve durar no mínimo 10 dias para que os bancos vejam que a mobilização continua forte.
Os bancários já tiveram um aumento no final de julho de 2012, mas reivindicam o aumento neste ano por conta dos últimos aumentos que foram abaixo da inflação e acima do ganho real.
Em nota à imprensa a direção do Banco do Brasil no Piauí afirmou que “a população deve ficar atenta e se informar se o banco da sua cidade está em greve ou não, bem como se o documento não pode ser pago em outro banco, ou ate mesmo em casas lotéricas ou postos de atendimento, caso contrário a isenção de multas não valerá”.
Jornal O DIA