ARTIGO: Com que frequência?
Por Marcio Kühne
Com que frequência você diz “eu te amo”? Um amigo meu contou uma história verdadeira em resposta a esta pergunta: A mãe dele era uma pessoa muito alegre, cheia de energia e muito positiva. Adorava a vida e dizia a todos que os amava. Amigos, filhos, empregados, todos. O pai ao contrário era extremamente reservado e não era dado a muitas manifestações de afeto o que provocava nos filhos certa surpresa ao ver que os pais se entendiam tão bem apesar dessa diferença.
Um dia, já adulto, conversando com a mãe que fazia um balanço da própria vida ele perguntou se ela havia sido sempre sido feliz, e ela disse que sim. Ai ele perguntou o que ela gostaria de ter na vida que não houvesse conseguido e para enorme espanto dele ela disse que seria ouvir do marido que ele a amava. A mãe argumentou que tinha certeza d o amor do marido, que era extremamente feliz com ele, mas que ela nunca havia ouvido dele essas palavrinhas mágicas e que por mais absurdo que pudesse parecer era tudo o que ela mais queria na vida! Mesmo que parecesse algo imaturo, algo infantil era o que ela mais queria.
Alguns meses depois era aniversário de casamento dos pais… 25 anos de casados que seriam comemorados com uma grande festa. Uns dias antes da festa ele saiu com o pai pra comprar um presente pra mãe e o pai, no carro, disse que gostaria de dar a ela algo que significasse muito porque ela havia realmente sido uma esposa formidável… ele contou ao pai o que a mãe mais queria na vida. Segundo ele o pai ficou perplexo e não disse nada.
No dia da festa, lá pelas tantas, o pai pediu silencio a todos os presentes e fez um discurso curto, porém emocionado, ao fim olhou nos olhos da mulher e disse que queria naquele momento que ela soubesse o quanto ele a amava e que o perdoasse por nunca haver dito. A mãe dele até hoje diz que podia ter morrido naquela hora porque “havia conseguido o que mais queria.”
E você? Com que frequência diz “eu te amo”?