Empresário piauiense é apontado como chefe de esquema de corrupção em Brasília

Em matéria publicada nesta sexta-feira (10), o site Quidnovi, de Brasília, aponta o lobista piauiense João Kennedy Braga, de Picos,  como ponta de lança do governador Ibanes Rocha e do senador Ciro Nogueira (PP/PI), um esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal, na Funasa e no Ministério da Saúde. 

Kennedy Braga. Foto: Reprodução

O agora milionário Kennedy Braga é também muito ligado ao ex-deputado federal João Henrique Sousa (MDB), responsável por introduzí-lo no “mundo dos negócios” em Brasília ainda nos tempos áureos de Michel Temer na Câmara dos Deputados. 

A matéria do site brasiliense afirma que a Polícia Federal e o Tribunal de Justiça do DF já estaria investigando o caso. A seguir, a matéria do Blog Félix do Planalto, no site Quidnovi: Informações QuidnoviBrasil.

Barril de Pólvora: esquema corrupto no GDF acende pavio

Brasília amanheceu com a temperatura em fervor, capaz de cozinhar miolos de cabeças que se blindam no palácio do Buriti.

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) anda como “barata tonta”. O motivo: a Polícia Federal identificou um personagem que opera nas “sombras” sangrando os cofres públicos.

João Kennedy Braga é considerado o ponta de lança do governador Ibaneis e do senador Ciro Nogueira (PP- PI) que mantém canal aberto no Ministério da Saúde. Kennedy veio à luz por meio das investigações que desvendaram um forte esquema de corrupção envolvendo o alto escalão do Governo do Distrito Federal com ramificações em outros Estados.

Kennedy Braga emplacou o genro Everardo Gueiros na Secretaria de Estado de Projetos Especiais (SEPE), principal secretaria do Governo do Distrito Federal. “Vevé”, como é chamado, cuida das Parcerias Público-Privadas e projetos especiais no GDF. Na pasta são feitos contratos milionários com a iniciativa privada. 

Everardo Gueiros é figura carimbada do Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga os esquemas de corrupção da Fecomércio-RJ na gestão de Orlando Diniz e do ex-governador Sérgio Cabral, ambos estão no “xilindró”.

As investigações revelam também que Kennedy emplacou outro genro, Michael Jefferson Lima Santos, para assumir o cargo de Subsecretário de Infraestrutura em Saúde do DF, considerado um braço estratégico do esquema. Hoje, Michael ocupa o maior cargo da Fundação Nacional de Saúde – Funasa.

Na Pasta da Saúde, Kennedy se aliou ao homem forte do Ministério na gestão do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB-SP). Adeílson Loureiro Cavalcante foi Secretário Executivo da pasta, com o poder de mando maior do que os Ministros que por ali passaram e fez com que Ibaneis nomeasse o Secretário de Saúde Osnei Okumoto e como Subsecretário, Francisco Araújo Filho.

O esquema corrupto comandado por Adeílson e Kennedy emplacou Francisco como presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), mantendo Okumoto como Secretário.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) recebeu denúncia de fraude em licitação com pagamentos de propina na Secretaria de Saúde. Ibaneis demitiu vários servidores mas teve que segurar Okumoto por saber demais.
Nos bastidores, Francisco Araújo Filho puxou o tapete de Okumoto, assumindo o cargo de Secretário de Saúde.

As investigações realizadas pelo TJDFT continuaram e o processo foi desmembrado. Francisco passou a ser o principal alvo do esquema corrupto, já que Adeílson e Kennedy operam nas “sombras”.

A nomeação de Marcelo Henrique de Mello para o cargo de Subsecretário de Atenção Integral à Saúde, indicada por Francisco, ocasionou uma ruptura do esquema comandado por Adeílson e Kennedy, fazendo com que Marcelo não durasse uma semana no cargo, já que é considerado ficha suja, sendo condenado por corrupção eleitoral.

Em resposta, Francisco usa Marcelo Henrique como gestor do contrato milionário emergencial no valor de R$ 79.449.903,00 sem licitação do Hospital de Campanha Mané Garrincha, representando a empresa privada Hospital Serviços de Assistência Social Sem Alojamento Ltda.

Na proposta, o paraíso: equipamentos sofisticados de UTI, respiradores e 179 leitos, entretanto, a verdade é que segundo o MPDFT, o cenário é completamente diferente. Comprovadamente, um desvio milionário nos cofres públicos.

Francisco e Marcelo Henrique passam a ser os principais alvos de investigações do esquema corrupto da Secretaria de Saúde. A Polícia Civil do DF – PCDF, Ministério Público do DF – MPDFT e a Controladoria-Geral da União- CGU, abriram inquérito e realizaram várias buscas e apreensões amealhando documentos desvendando outros desvios de verbas da Secretaria.

O Hospital de Campanha Mané Garrincha e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF) são considerados a ponta do Iceberg do esquema corrupto que levará todo o bando às barras do Tribunal”.

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