A menos de dois meses do prazo final para empenho das emendas de bancada referentes ao Orçamento de 2013, o estado do Piauí até o presente momento segue um roteiro conhecido, que se repete ao longo dos últimos anos. Sem força junto ao Palácio do Planalto e junto aos principais ministros da presidente Dilma Rousseff (PT), a bancada até o presente momento, juntamente com o governador Wilson Martins (PSB), não conseguiram empenhar uma emenda de bancada das 16 apresentadas.
O resultado é que o Piauí, sem força e muito menos pressão, é um dos poucos estados brasileiros que não conseguiram nenhum empenho das emendas de bancada. Nesta mesma situação estão somente seis. São eles os estados da Paraíba, Rondônia, Acre, Pará e Rio Grande do Sul.
Ceará: mais de R$ 37 milhões empenhados
Estados vizinhos do Piauí, o Ceará e o Maranhão já conseguiram empenhar grandes valores e até já ter parte do percentual empenhado pago. O estado governado por Cid Gomes (PSB) conseguiu o empenho de um total de R$ 37.774.860,00. Desse valor, R$ 10 milhões são para modernização de instalações da Justiça Federal em Fortaleza. O restante, mais de R$ 27 milhões, são para expansão e reestruturação da rede federal de educação profissional e tecnológica no estado.
Para o Ceará as benesses não param por aí. Do valor destinado à expansão e reestruturação da rede federal de educação profissional e tecnológica, o governo federal já pagou R$ 2.194.106,00. E para a modernização das instalações da Justiça Federal, R$ 1.038.698,00 foram pagos.
Maranhão: mais de R$ 62 milhões empenhados
O Maranhão, por sua vez, governador por Roseana Sarney (PMDB), já conseguiu empenhar ao todo R$ 62.988.346,00. Deste montante R$ 300 mil é destinado ao Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belo, e o restante, mais de R$ 62 milhões, à reestruturação e expansão das universidades federais do estado. Deste último valor, R$ 13.073.703,00 já foram pagos pelo governo federal.
Consequências
Se os valores destinados em emendas de bancada para o estado do Piauí não forem empenhados até o dia 31 de dezembro, eles são automaticamente perdidos. Com isso, investimentos para apoio ao transporte escolar, estruturação de unidade especializada de saúde, implantação de obras de infraestrutura hídrica e política de desenvolvimento urbano, entre elas, a construção de mais uma ponte sobre o Rio Poti, estão prejudicadas.
PortalAZ