Arimateia Azevedo volta a ser denunciado e, junto com filha, pode ser preso de novo
O jornalista Arimateia Azevedo foi denunciado, juntamente com sua filha e sócia, Maria Tereza Azevedo e o seu funcionário Welson Sousa Costa, conhecido como Pinto, pelo Ministério Público. Informações OitoMeia.
No último dia 4 de fevereiro, a promotora de Justiça Everângela Araújo Barros Parente encaminhou à Justiça denúncia em desfavor dos três citados, segundo incursos nas penas do art. 171, §3º, por duas vezes, na forma do art. 69, c/c o art. 288, caput, requerendo que sejam citados, interrogados, processados e ao final condenados, nos termos dos arts. 394 a 405 do Código de Processo Penal.
São crimes de estelionato e falsificação de documentos. A denúncia foi feita com base em investigação da Delegacia de combate a corrupção da Polícia Civil do Piauí. Esse trabalho investigativo apurou que o jornalista adulterou, intencionalmente, documentos federais no sentido de comprovar regularidade fiscal para receber altas de órgãos públicos.
Teria, desta forma, ludibriando o setor de auditoria, auferindo vantagens por suposta prestação de serviços. Em um dos casos, teria recebido por algum tipo de ‘divulgação’ um valor mensal de aproximadamente R$ 35 mil. Valores repassados desde 2008, somando assim ao Portal Az, de propriedade de Arimateia Azevedo, quase R$ 4 milhões.
Diz trecho da denúncia: “Assim, a referida documentação foi encaminhada para exame pericial ao Instituto de Criminalística do Piauí, tendo sido atestada a inautenticidade e a falsidade das Certidões de Regularidade Fiscal, usadas pela empresa PORTAL AZ LTDA, gerida pelos ora denunciados, conforme Laudos de Exames Periciais acostados à cautelar apensa. Nesse sentido, restou verificado que certidões eram falsas e haviam sido dolosamente editadas, com o intuito de forjar a regularidade fiscal da empresa em tela, com registros que não correspondem aos existentes no Ministério da Fazenda”.
Ainda segundo informações no bojo dos laudos periciais, “houve o aproveitamento parcial de dados presentes no sistema do Ministério da Fazenda, mas com a inserção de informações falsas, sobretudo no que se refere a data e hora de emissão e quanto a data de validade”. Além disso, quesitos como formatação, alinhamento, calibre da fonte utilizada, foram todos comprovadamente atestados como falsos e divergentes dos modelos oficiais.
“Ante o exposto, o Ministério Público denuncia MARIA TEREZA HOHMANN FORTES AZEVEDO, WELSON SOUSA COSTA, popularmente conhecido como “PINTO” e JOSÉ DE ARIMATEIA AZEVEDO, requerendo que, após o recebimento desta, sejam eles citados, interrogados, processados e ao final condenados, nos termos dos arts. 394 a 405 do Código de Processo Penal, ouvindo-se durante a instrução criminal as testemunhas abaixo arroladas”, finaliza documento do MP, que pode ser encontrado sob o número dos autos 0006403-14.2019.8.18.0140.