Pai pode ser indiciado por omitir agressão de filhos ameaçados com faca pela mãe

O pai das crianças, que aparecem em vídeo sendo agredidas e ameaçadas com uma faca pela própria mãe em Teresina, deve ser indiciado pela Polícia Civil por se omitir em relação ao caso. Segundo o Conselho Tutelar, ele recebeu os vídeos com as ameaças da mulher e não denunciou.

CRIANÇA

Nessa quarta-feira (21), um vídeo que mostra uma mãe agredindo e ameaçando os dois filhos com uma faca começou a circular nas redes sociais. Os conselheiros informaram que as agressões ocorreram há quase dois meses.

Em um dos vídeos, a mãe chegou a encostar uma faca no pescoço e na boca do filho. Em outras imagens, ela usou a faca para bater nas costas da criança. A mulher ainda faz ameaças ao ex-companheiro, pai das crianças.

“Ele vem ou o filho dele vai morrer”, diz a mulher se referindo ao pai das crianças.

A conselheira Karla Shyrleny, do 1º Conselho Tutelar de Teresina, disse que tomou conhecimento do caso ainda na quarta-feira e imediatamente providências foram tomadas.

“Conseguimos localizar a mãe e ela foi levada para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Ela não ficou presa porque não foi em flagrante, pois esse caso aconteceu há dois meses, mas ela já foi afastada das crianças, que estão com os avós maternos”, informou a conselheira Karla Shyrleny.

De acordo com o Conselho Tutelar, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) deve pedir a prisão da mãe. Já os avós maternos vão pedir a guarda das crianças.

“O delegado deve pedir a prisão preventiva da mãe e adotar medidas protetivas, como o afastamento dela, pois não pode ficar perto das crianças. O pai também pode ser indiciado porque ele teria recebido os vídeos e não falou nada, foi complacente com o que estava acontecendo”, destacou a conselheira.

Karla Shyrleny afirmou que as crianças estão bem e já eram cuidadas pelos avós maternos. O vídeo foi gravado exatamente no dia em que a mãe ficou responsável pelos filhos, segundo a conselheira.

A conselheira explicou que a guarda das crianças deve ficar com os avós maternos. “Na segunda-feira vamos até à 1ª Vara da Infância e da Juventude com o pedido para a mudança da guarda das crianças. Os avós maternos já afirmaram que eles também vão entrar com o pedido de mudança da guarda. Para as crianças, é melhor que fiquem com alguém da família, do que irem para um abrigo”, explicou.

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) não comenta sobre o caso.

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