Vídeo mostra alunos com cachaça durante aula em escola do Piauí
Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra estudantes de uma escola enchendo um copo com cachaça durante uma aula. A gravação foi feita na Unidade Escolar Raimundo Martins, que fica localizada no município de Coivaras, a 65 km de Teresina. Os próprios alunos fizeram o registro, enquanto a professora, que faz anotações no quadro, não vê.
O caso ocorreu há aproximadamente um mês, mas só viralizou nas redes sociais nos últimos dias. O diretor da escola, José Pereira, disse que, após tomar conhecimento do vídeo, resolveu suspender os dois alunos e encaminhá-los para medidas socioeducativas.
“A gente vai suspender pelo resto da semana e vamos trazê-los para se apresentarem de novo, e vamos encaminhar para o cumprimento de uma medida socioeducativa, eles vão participar de uma campanha contra o álcool em escolas do município”, citou.
Nas imagens, gravadas como um videoselfie durante uma aula do 2º ano do Ensino Médio, o jovem com o celular tem 17 anos, já o que segura a garrafa e enche o copo, tem 19.
De acordo com o diretor, os estudantes disseram que fizeram o vídeo por “brincadeira”, mas não achavam que tomaria essa repercussão.
“Eles disseram que estavam fazendo uma brincadeira, o rapaz que pediu para gravar disse que não ia divulgar, mas que mandou para um grupo de colegas do futebol, e depois disso, não sabe quem espalhou (…) eles estavam querendo esbanjar, achando que aquilo era uma coisa que os diferenciava dos outros, mas era uma brincadeira de mau gosto. Queriam se exibir, que agora é normal, eles acham que com as mídias, eles podem fazer tudo, é triste”, lamentou o diretor.
Os pais do adolescente disseram que o jovem não consome bebida alcoólica e concordaram com a aplicação das medidas socioeducativas. Já o adulto, o diretor disse que irá conversar com ele próprio e os responsáveis para apresentar a possibilidade do cumprimento da medida para o retorno à escola.
“O retorno deles depende dessa campanha. Eles têm que ser autores da campanha, têm que atuarem e produzirem os materiais. Vamos fazer divulgação nas escolas da cidade e colocar a situação dessa atitude. É tipo um relato pessoal, da vida pessoal, e pedir para que isso não aconteça, que é ilegal, é errado. É como se fosse uma conscientização, que foi a ideia que a assistente social passou para a gente”, pontuou.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) também foi procurada para comentar o caso e aguarda posicionamento.