Surgem mais cidades nas investigações de desvios de verbas na Educação
A operação Monopolium da Polícia Federal, que esteve em Campo Maior, São Miguel do Tapuio e Barras na semana passada, pode ser o início de umas das investigações mais devastadoras na história da Polícia Federal no Estado do Piauí. Segundo fontes a investigação atinge não só esses três municípios piauienses, mas vários outros.
Tudo gira em torno de uma empresa que movimentou mais de R$ 260 milhões nos últimos quatro anos, vendendo livros didáticos e outros materiais, para várias cidades, inclusive para Teresina. O nome da empresa está no inquérito policial a que a redação não teve acesso.
Os indícios são de superfaturamento chegando ao absurdo de mais de 5000% com o dinheiro da educação, através do direcionamento na contratação e uso de inexigibilidade fora da lei.
Somente na cidade de Campo Maior já se tem indícios fortíssimos da prática de ilícitos extremamente graves. O Secretário de Finanças, Adailton Oliveira, genro da secretária de Educação, conhecida como Mazé Félix, irmã do Prefeito João Félix, recebeu em conta pessoal valores de empresa com contrato na área da Educçaão do Município, e por transferência direta.
Sua irmã, A. O. G recebeu na sua conta pessoal, em praticamente dois anos (os dois primeiros da gestão do Prefeito Joãozinho Félix), mais de R$ 1 milhão e 500 mil Reais, sendo que ela, até a pandemia, estava recebendo auxílio emergencial do Governo Federal. Um salto e tanto.
Além desse escândalo, dizem as fontes, a sobrinha do Secretário de Finanças, filha de A. O. G., de iniciais Y. G, era proprietária de uma construtora localizada em Altos-PI, que no endereço não tem nada, porém recebeu da mesma empresa, na sua conta pessoa Jurídica, aproximadamente R$ 150 mil e depois, na sua conta pessoal mais de R$ 20 mil.
A razão de não ter havido prisão de membros desta família ainda não se sabe, mas nos bastidores se informa que haverá seguimento da operação.
Estilo de vida
Depois da operação da Polícia Federal o comentário é geral na cidade de que o estilo de vida do secretário de Finanças, não é condizente com sua remuneração de cerca de R$ 7 mil mensais, mesmo assim o mesmo costuma andar em carro de R$ 300 mil e bancar a faculdade de medicina particular da mulher e do filho tudo devidamente exposto em redes sociais, além disso não se sabe de outra atividade que lhe gere renda suficiente pra tanta ostentação.
A novela não para por aí. O mesmo empresário do ramo de Publicidade, que já estão chamando de “dono da Prefeitura”, que tem contrato com a Prefeitura de Campo Maior, de nome não revelado (ainda) transferiu para o atual Secretário de Limpeza, Francisco Wilson, em 2021, na sua conta pessoal, mais de R$ 25 mil, em uma transação financeira muito suspeita.
Comentários dos grupos de redes sociais de Campo Maior dão conta de que existe um elo gigantesco entre João Felix, o empresário, o deputado Dogin Felix (filho do Prefeito e Pré-Candidato a Prefeito de Jatobá-PI) que demonstra a gratidão do empresário em forma de vantagem indevida, fato que adversários de Felix estão levando à Polícia.
O certo é que quem já deveria ter afastado o Prefeito João Felix, que tem uma condenação transitada em julgado em Ação de Improbidade Administrativa, deve estar se sentidno culpado após ver o que a permanência do atual Prefeito está causando aos cofres públicos.
A empresa mãe do esquema presta serviços em mais de 15 Municípios no Piauí e existem muitas coisas estranhas em todos eles.
Só para se ter uma idéia, o empresário em questão investigado na operação Monopolium tem relação com outro empresário que já foi preso, na operação Argentum, que investigou fraudes em recursos da educação em 2018.
Dizem que este mesmo empresário continua no mesmo ramo de atuação, tendo alguns parceiros seus sido alvo da Operação Creta, que investiga o comércio das Emendas Parlamentares PIX, conhecidas como RP9, do famoso Orçamento Secreto do Governo Bolsonaro. Um ex-prefeito também foi alvo da operação.
Operações interligadas
Fontes informam que as duas operações estão muito interligadas, pois tem atorres parecidos, sócios, e com negócios semelhantes e modus operandi igual. Só uma das empresas que está sendo investigada pelas operações, movimentou milhões nos últimos anos e no seu endereço funciona uma empresa de venda de Tubos. Seriam esses tubos propinodutos??
As fontes dizem também que o Inquérito atravessa o rio Parnaíba, pois um Vereador do Municípío de Timo-MA, que hoje é Suplente de Deputado Federal, teria recebido centenas de milhares de reais em sua conta da mesma empresa que depositou valores astronômicos na conta da irmã do Secreterio de Finanças de Campo Maior.
Dizem as fontes, que há pessoas ligadas a parlamentares de outros estados que também receberam valores, ou seja, trata-se de uma novela que só se sabe como começa, pois o fim está longe!
Fonte: Portal AZ