Policiais civis do Piauí decidem suspensão de greve na próxima semana

De acordo com o sindicato, o Governo do Piauí abriu um canal de negociação, mas somente se a categoria suspender o movimento grevista

Os policiais civis do Piauí, que estão em greve desde o dia 03 de abril, vão realizar mais uma assembleia geral na próxima terça-feira (24/04). De acordo com o presidente Constantino Júnior o Executivo abiu sinal para negociação, contato que aconteça a suspensão da greve.

A categoria se reuniu novamente com o governo na última segunda-feira (16) para discutir pontos apresentados na proposta de reajuste dos profissionais que fazem a segurança pública do Piauí. Mas, uma definição será dada apenas se o movimento for interrompido. Semanas atrás, o governador Wellington Dias chegou a dizer que a greve era “ilegal”.

“O governo encaminhou um documento, abrindo um canal de negociação, mas condicionando a suspensão do movimento. Por isso, vamos chamar a categoria para que possamos decidir sobre essa intenção. Nesse dia, vamos acompanhar na CCJ o projeto sobre a questão do profissional escrivão nas delegacias e muitos policiais do interior do Piauí viram à capital”, disse.

A Assembleia será realizada na sede do sindicato. Os horários das convocações serão as 10:00 horas, com a maioria absoluta dos Policiais Civis, as 11:00 horas, com a metade mais um da categoria, e as 12:00 horas com qualquer número de presentes.

ENTENDA A GREVE

O Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) iniciou a greve no começo do mês por falta de reajuste salarial, reivindicação cobrada desde 2016. Os agentes se reuniram durante toda a manhã do dia 15 de março e, no início da tarde, aderiram ao movimento grevista.

Além do reajuste e encaminhamento do projeto de lei do menor e maior salário, cuja proposta é que demais agentes ganhem cerca de 60% do que ganha um delegado de polícia (hoje, somente 35%), os policiais também exigem pagamento da gratificação de insalubridade.

Após o início da greve, algumas tentativas de negociação acabaram frustradas. Em uma delas o então secretário de segurança pública, Fábio Abreu, não pode comparecer à reunião, o que desagradou a categoria.

O governo ofereceu um reajuste equivalente à inflação de 2017 mais 1%, o mesmo que aconteceu no ano anterior. O projeto abraça todas as categorias da SSP-PI (polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros). Além disso, expressou dificuldades diante do limite do estado na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ainda no dia 3 de abril, todas as categorias se reuniram na frente do Palácio de Karnak em forma de protesto, denunciando a estrutura das delegacias, equipamentos e trabalho, além da falta de reajuste.

Com informações OitoMeia
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