O vereador Janio Aguiar apresentou um indicativo de lei 001/2014 que dispõe sobre o repasse a paróquia de Esperantina os valores arrecadados sob forma de impostos da prefeitura no período dos festejos da cidade.
De acordo com o indicativo de projeto de lei fica a prefeitura autorizada a repassar de forma integral os repasses arrecadados durante os festejos da cidade.
Os valores a serem repassados serão referentes a taxa cobradas de barraqueiros, camelôs, bares e parques instalados provisoriamente em praças nos períodos dos festejos.
O padre Hernesto Pereira foi convidado pelo presidente da câmara e os demais pares para falar sobre a importância dos repasses.
“Eu fiquei muito surpreso quando recebi o vereador na casa paroquial falando deste projeto que repassaria as taxas arrecadas durante os festejos para nossa paróquia, isto me deixou muito feliz, porque várias paróquias da região já recebem estas contribuições a exemplo de Barras e Batalha, os recursos que movimentam outros festejos de várias cidades são superiores aos daqui e esta iniciativa do vereador Janio é muito louvável, quero contar com o apoio de todos os vereadores na aprovação deste indicativo”. Falou Hernesto Pereira.
O padre ainda pediu aos vereadores que participem mais das atividades religiosas da paróquia que procurem firmar o seu dízimo com a igreja, se cada um de nós fizermos o dízimo a igreja um dia será independente.
O vereador Janio Aguiar foi bastante aplaudido por seus pares pela belíssima indicação e que ganhou o apoio de todos os pares.
“As taxas cobradas em outros municípios durante os festejos já são repassadas as igrejas e estou apresentando este indicativo para o nosso prefeito possa viabilizar com a sanção e transformando em Lei e contribuir com uma ajuda financeira para nossa paróquia, sabemos das despesas que tem uma paróquia como a nossa e tenho que será sancionada pelo prefeito Lourival”. Disse o vereador.
Duscocais
Mais um golpe contra a laicidade do Estado.
É uma pena que, por mais que existam leis contra isso, políticos insistam em usar a máquina pública para beneficiar a própria religião.
Tal projeto é simplesmente repugnante, existem cidadãos de todos os credos (ou credo nenhum) em Esperantina, e nenhum deles gosta de ver recursos que deveriam beneficiar toda a população sendo repassados para uma organização específica que não os representa. Não tenho conhecimento de a prefeitura contemplando com benefícios as igrejas evangélicas ou erguendo imagens de entidades do Umbanda na entrada da cidade.
Existe uma razão para o estado ser laico: para que todas as religiões sejam tratadas de forma igual; para impedir que recursos do município sejam usados pelos controladores para beneficiar a própria religião. E claramente, não é o que este projeto proporcionará.