Acusado de matar companheira a facadas vai a tribunal do Júri em Barras
Carlos Santos Soares de Paula vai a Júri Popular pela morte de Bruna Roberta Sousa da Silva de Paula, sua companheira. O crime aconteceu em 2014, no município de Barras, mas o acusado só foi preso cinco anos depois no Maranhão.
A pronúncia do réu foi feita pelo juiz Nauro Thomaz de Carvalho e divulgada no Diário de Justiça desta sexta-feira (13). O Ministério Público denunciou Carlos de Paula por homicídio qualificado e fraude processual.
O órgão acusa o réu de ter assassinado Bruna Roberta por motivo fútil, ter dificultado a defesa da vítima, ter cometido o crime contra a própria companheira e ter tentado induzir a perícia criminal a erro alterando a cena do crime.
O magistrado admitiu a acusação feita pelo MP, exceto pela qualificadora por motivo fútil, por entender que “o crime foi supostamente cometido em razão de ciúme […] ciúmes, embora irracionais, não podem ser comparados à futilidade”, diz na decisão.
O juiz decidiu manter a prisão preventiva do réu, que ficará à disposição da Justiça enquanto responde pelos crimes.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 25 de agosto de 2014, em Barras, Bruna Roberta Sousa da Silva foi morta dentro da própria casa, onde vivia com o acusado. A vítima foi ferida com três golpes de faca no tórax.
Segundo a investigação policial, no dia anterior ao crime, o casal voltava de uma viagem e no trajeto, dentro de um ônibus, Carlos de Paula ameaçou a companheira.
“O acusado, por motivo de ciúmes, disse ‘quando chegar em Barras vou te matar’ e dirigindo-se a vítima disse ‘você vai ver uma coisa’.”, cita a decisão.
Ainda de acordo com a decisão, depois de cometer o crime, o acusado lavou o local para fazer sumir as manchas de sangue espalhadas pelos cômodos da casa.
Após o crime, Carlos de Paula deixou a cidade e só foi encontrado e preso anos depois devido a uma denúncia anônima.