Ameaças a comunicadores são um modo de censura à própria imprensa

RAQUEL DODGE
Raquel Dodge, procuradora-geral e presidente do CNMP 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, declarou que “a censura está proibida no Brasil”. Porém, “ela pode ser exercida, também, sob o modo de atentar contra a vida do comunicador, sob a forma de ameaçar a sua segurança, para que ele deixe de dizer, para que se omita”, falou.

Para Dodge, “sempre que isso acontece, e estando o Brasil no ranking dos países perigosos para exercer a liberdade de imprensa, é preciso compreender que essas ameaças são um modo de censura à própria imprensa.”

As afirmações da presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foram feitas durante a solenidade de celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, ocorrida nesta terça-feira, 30 de abril, na sede do Conselho, em Brasília.

Na ocasião a secretária de Direitos Humanos e Defesa Coletiva do CNMP, Ivana Farina, tratou da proposta que tramita no CNMP que recomenda que todas as unidades do Ministério Público no País priorizem a célere tramitação das ações nos casos de crimes contra a vida, a integridade física e de ameaça, tantos os tentados quanto os consumados, praticados contra jornalistas, profissionais de imprensa e comunicadores no Brasil, no exercício da profissão ou em função dela. 

“O MP atua sabendo que um crime contra a vida de um comunicador também é um atentado contra a Democracia”, declarou.

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é comemorado no próximo dia 3 de maio.

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