ARTIGO: Estrada, mais uma árdua tarefa do professor
Por Macelino Keliton / Espaço Geografico
O ser humano se desloca quando encontra motivos para isso. Nem sempre é fácil, pelo contrário, as dificuldades são enfrentadas pela necessidade e pela obrigação em cumprir o juramento que é feito na festa de formatura.
Professores que trabalham apenas em um estabelecimento educacional (escola) passam mais necessidades do que os demais que precisam se deslocar a grandes distancias para conseguir o pão de cada dia, pulando de uma escola para outra como se fossem macacos da educação brasileira.
Não somos nem “DR” para trabalhar pouco e ganhar muito. Somo sim professores que trabalha muito e ganha miseravelmente pouco.
A medicina tem sua importância, nem um pouco a mais do que a árdua tarefa de educar os ‘filhos’ e ‘doutores’ de amanhã.
Quantos professores não conheço viajando, enfrentando buracos, poeira, chuvas, quedas, assaltos, lama, pneus furados, insegurança, solidão, pressão burocrática por parte dos superiores, distancia dos familiares, travessias de rios em canoas pequenas para ver se conseguem um lugarzinho no paraíso de uma aposentadoria digna? São muitos e eu não estou fora dessa lista.
Há quem diga que ‘professor do Maranhão’ que mora no Piauí é rico. Pode até ser no que ser refere a uma seguridade para a família por está efetivo na administração pública, mas não pelo salário de todos os meses onde uma faixa de 18% é gasto apenas com o deslocamento.
Viajar é bom, conhecer novos horizontes não deixa de ser, no entanto para enfrentar estas estradas a empreitada é árdua, mais uma na vida de um ‘sofredor’ (professor).