Bancários decidem hoje se entrarão em greve na próxima semana
O Sindicato dos Bancários do Piauí se reúne nesta quinta-feira (01), em assembleia na sede do órgão, para decidir os rumos da categoria. Os sindicalistas estão reivindicando uma série de melhorias junto a Federação Nacional dos Bancos e caso não ocorra entendimento, eles não descartam entrar greve por tempo indeterminado.
De acordo com o vice-presidente do sindicato, João Sales Neto, os bancários irão avaliar e deliberar sobre a contraproposta apresentada pela FENABAN, ocorrida na reunião do último dia 25. A contraproposta veio após o sindicato ter entregado a minuta de reivindicações ainda no mês de agosto.
“Nós vamos nos reunir nesta quinta para decidir sobre a situação da categoria. Eles estão nos oferecendo menos da metade do valor da inflação, que está em torno de 5,5% e ainda querem incluir o benefício do Abono, uma modalidade antiga e que não agrega no salário dos funcionários”, disse.
A Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) ofereceu reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00, durante a rodada de negociação na última sexta-feira (25), em São Paulo. De acordo com o sindicato, o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano.
Dentre as reivindicações da categoria, apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, estão o reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real; PLR de 3 salários mais R$7.246,82; piso de R$3.299,66 equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último, vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional); além de melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Segundo João Sales, a categoria está se mobilizando e informando os funcionários para poder lidar de forma ‘unida’ com uma possível paralisação por tempo indeterminado. “Vamos nos reunir hoje para definir a modalidade de greve que vamos adotar, caso haja greve. Também estamos tranquilizando e mobilizando nossos colegas para nos unir quanto a situação por que é um absurdo a forma como estão nos tratando”, explicou.