E não é que aquilo que a gente mais temia, vai acontecer? Depois de prometer vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, o presidente Bolsonaro declarou que vai só tirar o “excesso” de quase R$ 2 bilhões. Pois é, algo me diz que o plano era esse, tipo Black Friday, que sobe o dobro e dá desconto de 30%, sabe?
Além de não deixar claro de qual forma isso seria feito, Bolsonaro se esqueceu que não é possível vetar apenas parte do valor do fundo. Ao analisar uma lei aprovada pelo Congresso, o presidente pode sancionar ou vetar artigos do projeto, ou todo o texto, mas não alterá-lo. Legal, né? Só que não…
E o assunto do momento segue sendo o fundão eleitoral…
A ministra Rosa Weber, vice-presidente do STF, determinou que o Congresso preste informações em 10 dias sobre a aprovação da brincadeira de banco imobiliário que os congressistas fizeram, ou, em outras palavras, o fundão que vai financiar as eleições de 2022.
Um grupo de parlamentares ingressou no Supremo com um pedido para anular a votação, já que a verba foi validada na esteira da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Segundo esses parlamentares, existem irregularidades na votação do projeto, em especial o curto intervalo de tempo para que eles pudessem analisar 2.663 emendas ao projeto da LDO. Vocês estão entendendo porque não avançamos como país? Isso tudo está parecendo uma piada de mau gosto.