Caixa Econômica será processada por negar informações a ONG
A Marcha Contra Corrupção partiu em direção ao interior do estado na manhã desta quarta-feira (10). Há 12 anos caminhando pelo interior do estado, o grupo vai fiscalizar a aplicação de recursos em ações contra a seca, principalmente nas cisternas de plástico, objetos que tem causado dor de cabeça para os sertanejos.
O líder da marcha, Arimatéia Dantas, conta ainda que a ONG Força Tarefa Popular irá acionar judicialmente a Caixa Econômica Federal, que negou informações sobre o repasse de recursos federais para os municípios no último ano.
Arimatéia conta que já são mais de 20 dias esperando os dados do órgão, que se manifestou oficialmente em não ceder para a análise dos integrantes da marcha. O certo é que por ferir a Lei de Acesso a Informação o caso vai parar nas mãos do Ministério Público Federal.
“Nós vamos representar contra a Caixa Econômica, no Ministério Público Federal. Tá com mais de 20 dias e eu fui conversar eles negaram oficialmente, depois disseram que iam passar alguns documentos e não passaram. Nós não podemos negligenciar a lei de acesso à informação e a Caixa Econômica hoje representa um obstáculo na fiscalização do dinheiro público do estado do Piauí”; desabafa Arimatéia.
Este ano a marcha irá percorrer os municípios de Guaribas, Caracol, Jurema, Anísio de Abreu, São Brás e São Raimundo Nonato com o tema “Por um Sertão sem Corrupção”. Um dos principais pontos questionados pela marcha este ano é a substituição das cisternas de cimento pelas de plástico. As novas cisternas custam praticamente o dobro das de cimento e não aguentaram a hostilidade do clima nordestino, com umas derretendo e até se rasgando.