A Assembléia Legislativa do Piauí (Alepi) realizará, na próxima segunda (02), às 10h, sessão solene em homenagem ao tombamento da Cajuína Piauiense como Patrimônio Cultural Brasileiro. A iniciativa foi do deputado Merlong Solano (PT), em reconhecimento a luta da Cooperativa dos Produtores de Cajuína do Piauí (Cajuespi-PI) que reúne cajucultores do estado. O certificado foi concedido no último dia 15 de maio.
O parlamentar petista considera muito importante esse tipo de agricultura no Piauí, tanto pela economia que gera, quanto pelo valor cultural agregado. “Esse título de patrimônio é merecido e devemos valorizar esse tipo de produção. Precisamos saber da realidade da cajucultura em todo estado, e é válido darmos apoio no sentido de aproveitar todas as potencialidades dessa cadeia produtiva”, defende Merlong Solano.
Segundo dados da Cajuespi, a cooperativa atende hoje a 110 associados com produção de 900 mil garrafas/ano, atendendo a 36 municípios em todo o estado. “Nossa produção média anual é de 15 a 20 milhões de garrafas de cajuína em todo o Estado do Piauí, temos aproximadamente 3 mil produtores de cajuína em todo o estado. Só na região de Picos-PI, há 9 mil empregos de carteira assinada, empregos indiretos são mais de 10 mil em todo o Piauí”, informa Lenildo Lima, presidente da Cajuespi.
A Cajuína é uma bebida típica do nordeste brasileiro, sem álcool, clarificada e esterilizada, preparada a partir do suco de caju, no interior da embalagem, apresentando uma cor amarelo-âmbar resultante da caramelização dos açúcares naturais do suco. Preparada de maneira artesanal é muito comum nos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco. Foi inventada em 1900 pelo farmacêutico, cearense, Rodolfo Teófilo que pretendia com ela combater o alcoolismo.