Com 38 homicídios dolosos em maio, Piauí tem recorde de violência

O estado do Piauí registrou um triste recorde no último mês de maio – o assassinato de 38 pessoas no período. O número consta em levantamento feito pelo Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi). Além disso, ocorreram três latrocínios – roubo seguido de assassinato, crime que não se enquadra na categoria de homicídio doloso (quando há a intenção de matar).

 

Em abril foram contabilizados 29 homicídios dolosos e no mês imediatamente anterior, março, foram 36. Em janeiro e fevereiro ocorreram, respectivamente, 25 e 17 homicídios dolosos.

 

Cristiano Ribeiro, presidente do sindicato, afirma que o crescimento da criminalidade é um problema patente em todo o País. Segundo o sindicalista, vários fatores contribuem para a consolidação desse estigma, porém, ele aponta como o principal deles a falta de investimento no setor de segurança pública. “No Piauí, por exemplo, eu não vejo um projeto de segurança pública. O estado ainda pode ser considerado um dos que possui os índices mais discretos de criminalidade. No entanto, é aqui também onde a criminalidade tem apresentado maior crescimento”, avaliou o presidente do Sinpolpi.

 

O Piauí possui 1.306 policiais civis na ativa, o que resulta numa proporção de um policial para cada 1.250 habitantes. O Sinpolpi calcula que o déficit de agentes da Civil é de pelo menos 1.500 homens, ou seja, é necessário mais que dobrar o efetivo. “O próprio coronel da Polícia Militar também admitiu que o estado precisa de mais 5 mil PMs”, acrescenta Cristiano Ribeiro.

 

Para tentar amenizar o problema, os representantes dos policiais civis foram hoje à Assembleia Legislativa do Piauí e conversaram com assessores do deputado estadual João de Deus (PT), que é o relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Os sindicalistas fizeram um apêlo para que o parlamentar defina diretrizes que suscitem na alocação de mais recursos para a segurança pública.

 

João de Deus, que passou a manhã em Miguel Alves participando de uma audiência pública, disse que está sensível às reivindicações dos policiais civis, e concordou que a realização de concursos é um caminho para amenizar o grave problema de insegurança que tanto aflige a população.

Portal O DIA

 

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