O primeiro grande desafio da presidente Dilma Rousseff (PT) após a reeleição, para conseguir a tão discutida governabilidade, será recompor sua base de apoio no Congresso Nacional. Com o resultado das urnas ainda no primeiro turno, as bancadas no Senado e na Câmara Federal foram alteradas com a eleição de novos parlamentares. Dilma ainda continua com a maioria nas duas Casas do Legislativo, mas a oposição saiu fortalecida devido, em parte, ao desempenho do senador Aécio Neves (PSDB) na disputa pela presidência.
Para manter a maioria no Congresso e conseguir a aprovação de projetos importantes sem grandes dificuldades, a presidente inicia o processo de negociações com os partidos. Nos Estado, ela contará com o apoio de 15 governadores, entre eles o governador eleito do Piauí, Wellington Dias (PT). Além do apoio do chefe do executivo do Estado, Dilma não terá dificuldades com a bancada piauiense em Brasília. Dos 13 parlamentares do Estado no Congresso Nacional, Dilma tem o apoio de 10 nomes.
No Piauí, os únicos parlamentares que farão oposição a presidente integram a bancada do PSB. O deputado reeleito Átila Lira (PSB), Rodrigo Martins (PSB) e Heráclito Fortes (PSB), velho conhecido do PT e inimigo declarado de Lula, prometem fazer uma oposição contra a presidente. Os demais devem contribuir para que ela não tenha dificuldades na relação com o Congresso, que no primeiro mandato da petista foi marcado por momentos de tensão até mesmo com os aliados.
Entre os piauienses, Dilma terá na Câmara Federal o apoio dos deputados Rejane Dias (PT), Iracema Portella (PP), Júlio César (PSD), Assis Carvalho (PT), Paes Landim (PTB), Marcelo Castro (PMDB) e Fábio Abreu (PTB). No Senado a situação é ainda mais favorável para a petista em termo de Piauí, o senador eleito Elmano Ferrer (PTB) apoia Dilma. A suplente Regina Sousa (PT), que substitui o senador Wellington Dias (PT), e o Ciro Nogueira (PP) também são aliados da petista.
Fonte: Jornal O DIA