Divergências políticas também devem ficar de quarentena
A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) mexe com o mundo inteiro e já é uma realidade em todos os lugares, mesmo aqueles onde não existem casos confirmados da doença. Nos últimos dias, o que temos visto nos noticiários é uma verdadeira enxurrada de informações, medidas emergenciais adotadas por governos e repetidas orientações para prevenir e conter a disseminação da Covid-19. Fonte: Política Dinâmica.
Está claro que o impacto da pandemia não será apenas na saúde, mas em diversas áreas. Diante dessa realidade que afeta a cada um de nós, é necessário que divergências de cunho político sejam deixadas de lado nesse momento. A união de governos, ainda que tenham posições distintas no campo político, se faz importante e crucial em meio à gravidade do problema. Picuinhas e politicagens devem ir para o isolamento.
Embora estejamos em um ano eleitoral, período em que normalmente se acirram as diferenças políticas, é preciso ter a consciência de que a saúde da população está em primeiro lugar. Nesse momento, as críticas devem ser ainda mais responsáveis e a fiscalização não pode, jamais, ter intuito politiqueiro. Essa é uma típica situação em que tanto governos quanto oposições precisam cumprir bem o seu papel, dando exemplo.
Esse alerta vale ainda mais para cidades pequenas, onde as divergências políticas costumam ser levadas mais a cabo. É necessário entender que os esforços precisam ser conjuntos e que ações para enfrentar a crise têm que ser apoiadas. Eventos políticos, andanças atrás de voto ou coisas do tipo devem ser pausados. Eleição é importante, mas a vida das pessoas é muito mais.
Não se defende aqui a inexistência de fiscalização e oposição. Pelo contrário, é importante se manter vigilante para evitar que mal intencionados usem a crise para atos improbos. No entanto, o que se quer é a união de esforços e a atuação responsável, sem qualquer tipo de mesquinhez. O sentido da política é garantir o bom funcionamento da sociedade e fazer o bem às pessoas. Nesse momento, é tudo que mais precisamos.
O novo coronavírus não escolhe lado, por isso é pouco razoável que haja agravamento da divisão política diante da crise que ele provoca. Temos sim que criticar falhas dos governantes se houver omissões e irresponsabilidades no enfrentamento do problema, mas não podemos alimentar a divisão política e social justamente nesse momento tão vulnerável pelo qual estamos passando. Nesse aspecto, os agentes públicos têm responsabilidade ainda maior.
Portanto, é necessário que nos unamos nesse momento, que sigamos as recomendações das autoridades em saúde e que os agentes públicos adotem medidas conjuntas e deem exemplo. É hora de colocar diferenças políticas que nada somam de quarentena.