Enem terá 17 mil detectores de metal para evitar fraude e 'selfies'
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá mais de 17 mil detectores de metal espalhados pelos locais de prova de todo o país para tentar combater qualquer tentativa de fraude nas provas deste sábado (8) e domingo (9). “Vamos usar muito rigor”, disse o ministro da Educação Henrique Paim em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (7) em Brasília. Ele disse ainda que o custo do Enem por aluno será de R$ 52. Mais de 8,7 milhões de candidatos estão inscritos.
Segundo Paim, milhares de pessoas foram treinadas para usar o equipamento móvel, no estilo raquete” e o candidato do Enem pode ser abordado a qualquer momento. “Temos estratégias de segurança que não podem ser apresentadas previamente”, disse Paim. “Fiscal tem poder de abordar as pessoas caso verifique algum tipo de problema.”
A estratégia de vistoria é mantida em sigilo. “A revista poderá ser feita a qualquer momento da prova. Os fiscais, chefes de sala e outros colaboradores estão orientados, e podem solicitar a ajuda dos equipamentos”, explicou o ministro da Educação, Henrique Paim. A organização não deixou claro se a revista obrigatória será feita na chegada ao local de prova ou na entrada da sala, para evitar a elaboração de fraudes.
Enem tem 8.721.946 candidatos inscritos sendo:
– 9.258 gestantes
– 13.870 lactantes
– 1.306 idosos
– 17 alunos de classe hospitalar
– 69.392 sabatistas
– 95 pedidos de uso de nome social
Rigor reforçado
Segundo o MEC, 47 candidatos foram eliminados no Enem do ano passado por uso de eletrônicos. Neste ano, a promessa é de rigor reforçado para evitar as selfies e qualquer troca de informações durante o exame.
O MEC também deve monitorar as redes sociais. “Fazemos um monitoramento contínuo”, diz o presidente do Inep, Francisco Soares. O uso de telefone celular nas salas de prova é proibido segundo o edital do Enem. O candidato deve deixar o telefone em envelope transparente e lacrado que deve ficar embaixo da carteira. Nos últimos dois anos, vários candidatos foram eliminados por terem feito fotos dos cartões de resposta das provas e postado nas redes sociais.
“O celular terá que estar guardado em um porta-objetos. Se o aluno acessar algum eletrônico para qualquer uso, será automaticamente excluído. Equipes farão esse monitoramento dentro e fora das salas”, reforçou Soares.
O uso e a posse de eletrônicos fora do porta-objetos que será oferecido na porta da sala é um dos critérios de eliminação. O estudante também não pode utilizar durante a prova óculos escuros, artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro e similares), materiais vetados como lápis, borracha, lapiseira, caneta não transparente. A lista completa está no edital do exame.