Estudo aponta que 99% das cidades do Piauí destinam lixo de forma inadequada
Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) apontou que 99% dos municípios piauienses dão destinação final dos resíduos sólidos, gerados pelos domicílios, de forma inadequada. A capital Teresina não foi incluída no relatório.
Os estudos apontaram que a implantação de aterros sanitários para utilização compartilhada pelos municípios geraria um investimento total de R$ 65,8 milhões por ano de operação. As informações são baseadas nos dados apresentados entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023.
Relatado pelo conselheiro substituto Jackson Veras, o documento foi aprovado na sessão plenária de quinta-feira (22). Conforme o diretor de Fiscalização de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano do TCE-PI, Bruno Cavalcanti, seriam necessários apenas sete aterros sanitários no Piauí.
“Para que os lixões sejam definitivamente encerrados no Estado do Piauí os estudos indicaram que basta a operação de sete aterros sanitários localizados em pontos estratégicos, que teriam a capacidade de receber os rejeitos gerados pelos municípios que, de forma compartilhada, poderiam utilizar os serviços desses aterros”, pontuou.
Os aterros seriam implementados nas cidades de Buriti dos Lopes, Altos, Água Branca, Picos, Floriano, Canto do Buriti e Corrente. Dentre as cidades, três já possuem locais de destinação adequada do lixo.
O relatório mostra que a dificuldade na erradicação dos lixões deriva de diversos fatores, incluindo a escassez de recursos financeiros para viabilizar soluções individuais, a falta de conhecimento dos gestores municipais sobre os custos associados à adoção de práticas ambientalmente adequadas de disposição final e a ausência de articulação política por parte dos gestores públicos para buscar soluções compartilhadas com os municípios vizinhos.