Exploração do babaçu terá destaque na reunião da SBPC no Maranhão

O babaçu, palmeira brasileira explorada em diversas atividades econômicas, terá destaque nas discussões realizadas na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC, que começa neste domingo (22) em São Luis.

O encontro, que segue até a próxima sexta-feira (27), pega carona na discussão sobre erradicação da pobreza iniciada na Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada em junho.

Extrativismo como sustento das famílias
Esta exploração extrativista será tema de ao menos cinco debates, que vão discutir a função social da atividade, o impacto na vida das quebradeiras e como a subsistência de populações no Nordeste do país. No dia 25, durante a conferência “A luta pelo acesso livre aos babaçuais”, mulheres que integram o Movimento Interestadual das quebradeiras de coco babaçu (MIQCB) – Sediado em Esperantina vão apresentar sua experiência e contar como a vida delas mudou após melhorias nesta atividade.

O grupo tem apoio de vários movimentos sociais, reforçado na década de 1980 durante conflitos agrários na região. A partir da necessidade de pressionar por mais acesso aos babaçuais, evitando disputa de terras com fazendeiros, as quebradeiras de coco começaram a se articular e criaram o MIQCB.

Segundo Francisca da Silva Nascimento, coordenadora executiva do MIQCB no Piauí (a organização está instalada ainda no Maranhão, Tocantins e Pará), apesar de uma evolução na atividade nos últimos anos, a realidade ainda é difícil nos quatro estados.

“Muitas quebradeiras são duplamente exploradas, primeiro pelos fazendeiros, que restringem seu acesso aos babaçuais, depois pelos atravessadores, que repassam a amêndoa aos donos de fábricas de óleo e sabonete. Não podemos deixar de citar ainda que em muitas regiões as indústrias que utilizam o babaçu, como a do carvão, querem transformar as quebradeiras em catadeiras, através de falsas ilusões e promessas”, afirmou.

Fonte: G1

 

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