Gravidez na adolescência é tema de palestra em escola de Esperantina
A Equipe do Programa Saúde da Família (PSF) esteve na Unidade Escolar Patriotino Rebelo, no bairro Fazendinha, em Esperantina, para discutir sobre gravidez na adolescência. A ação foi conduzida pelo enfermeiro Cristiano Lages nesta quarta-feira (19). O bate-papo promoveu conscientização sobre prevenção à gravidez indesejada e permitiu que os mais de 100 jovens presentes tirassem suas dúvidas sobre o tema.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil a taxa é de 62 adolescentes grávidas para cada grupo de mil jovens do sexo feminino na faixa etária entre 15 e 19 anos. O índice é maior que a taxa mundial, que corresponde a 44 adolescentes grávidas para cada grupo de mil.
Segundo o enfermeiro Cristiano Lages, a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública no Brasil e as políticas de saúde devem se alinhar com as de educação para orientar e minimizar as dúvidas que cercam esta fase da vida. “O nosso foco é trabalhar as incertezas dos adolescentes quanto à sexualidade, além das modificações corporais e psicológicas que são características da adolescência. O acesso à informação é muito importante para reduzir os índices, que são alarmantes, principalmente no Norte e Nordeste do Brasil”, afirma.
Cristiano recorda que é na adolescência que se decide grande parte do futuro e, quando surge uma gravidez precoce, aumentam as responsabilidades, os desafios, principalmente para as mulheres. “O envolvimento foi muito positivo, inclusive percebemos que a maioria dos jovens presentes conheceram ou conhecem casos de pessoas próximas que engravidaram muito cedo ou de forma indesejada. É fundamental esse momento de impacto entre eles para que despertem sobre essa responsabilidade e conheçam os métodos contraceptivos”, pondera.
Por recomendação do Ministério da Saúde, a Prefeitura de Esperantina, por meio das secretarias municipais de Saúde e Assistência Social, tem promovido ações de conscientização sobre que ampliam as oportunidades em educação em saúde com foco no direito sexual e direito reprodutivo para adolescentes. Outras estratégias adotadas pelo Sistema Único de Saúdes (SUS) incluem a distribuição de vários métodos contraceptivos nos diversos serviços de atendimento à população, inclusive aos adolescentes, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).