Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran-PI), que estão de greve há três dias, afirmam que só retornam aos postos de trabalho após o Governador Zé Filho atender as demandas da categoria. Desde a semana passada, os servidores realizam paralisações de advertência, suspendendo por duas horas o atendimento ao público. Como resultado do movimento, os exames necessários para emissão da primeira via de carteiras de habilitação deixaram de ser feitos e mais de 800 documentos não foram emitidos.
Maria Salomé, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-PI (Sindetran-PI), explica que a categoria exige do Governo Zé Filho o cumprimento do Plano de Cargos Carreiras e Salários, que prevê o aumento nos vencimentos e a realização de concurso público. “A lei orçamentária, votada ano passado, no Governo de Wilson Martins, que já está em vigor, previa o aumento de salário dos servidores de R$ 1.250 para R$ 2.300, pago em três anos e divididos em seis parcelas. O impacto na folha é de R$ 27 milhões”, esclarece a presidente.
Segundo Maria Salomé, a primeira parcela do aumento seria acrescentada no mês de maio de 2014. “Os contracheques já foram emitidos e continuamos com o vencimento antigo. Exigimos o cumprimento do plano de cargos e salários e o pagamento retroativo, pois a autorização foi assinada no ano passado e o impacto no orçamento do Estado já foi calculado”, comenta. Outra reinvindicação da categoria é a realização de concurso público para 1.500 vagas dividas entre nível superior e nível médio. “O Detran Piauí conta com 377 servidores efetivos e 1.040 terceirizados, exigimos o concurso público, pois o Código Brasileiro de Trânsito determina que apenas servidores públicos realizem os atendimentos dos departamentos de trânsito”, pontua.
Com a greve, os serviços de vistoria, emplacamento, pagamentos de taxas, emissão e renovação de carteiras de habilitação e realização de exames estão comprometidos.
O DIA