Jovem inventa estupro coletivo após ter vídeo íntimo divulgado
A Polícia Civil e Conselho Tutelar, evitaram que um adolescente de 16 anos, apontado como participante de um suposto estupro, fosse linchado pela população. A tentativa de linchamento contra o menor partiu de familiares e amigos da suposta vítima, depois do vazamento nas redes sociais de um vídeo intimo envolvendo o rapaz e a jovem de 17 anos. A ocorrência foi registrada em Cocal.
A família da adolescente teve acesso ao material e ao indagar a moça sobre o vídeo, ela relatou que foi estuprada por dois jovens, o que aparece no vídeo e o responsável pela gravação, que também é menor. Ela disse ainda que os abusos aconteceram na casa de um amigo, e que não gritou pedindo ajuda no momento porque estava com a boca amordaçada e não denunciou o caso logo em seguida, por conta de ter sido ameaçada pela dupla.
Os envolvidos foram conduzidos a Delegacia de Policia Civil de Cocal, para serem ouvidos e tomadas as medidas cabíveis ao caso. A policia e os conselheiros realizaram diligencias em um povoado situado na zona rural do município, no intuito de localizar o segundo envolvido para prestar esclarecimentos, mas ele não foi encontrado.
Mesmo com a menina detalhando o crime de forma convincente e até descrevendo detalhes do abuso, não demorou muito para que a policia descobrisse a mentira. Depois de ouvir o depoimento de todos os envolvidos e após uma acareação, a Delegada constatou que não houve estupro.
Segundo a delegada, no dia do suposto crime, a adolescente teve relações sexuais com apenas um dos acusados e após o vazamento do vídeo, por vergonha e com medo da reação da família, ela então decidiu mentir para os familiares e polícia, dizendo que havia sido estuprada.
A adolescente então passou de vitima para a qualidade de acusada e agora responderá na justiça pelo ato infracional equiparado ao crime de denunciação caluniosa, cuja pena varia de 2 a 8 anos de reclusão, e multa.