Mata ciliar do Rio Longá está virando banco para restaurante
Por Macelino Keliton / Espaço Geográfico
Matas ciliares são florestas ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos d’água e represas. O nome “mata ciliar” vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios e lagos como são os cílios para nossos olhos.
A principal causa da degradação das matas ciliares são as pastagens. O desmatamento e as queimadas também contribuem para esta degradação.
Preservar as matas ciliares ajudam a conservar a fauna da região. As matas ciliares diminuem a erosão do solo, consequentemente o assoreamento dos rios e largos. Sem falar que contribui para a qualidade das águas.
A Mata Ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo o Código Floresta Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de Maio de 2012) deve-se manter intocada, e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação.
A questão é que certo empreendimento de Esperantina passa por uma mudança de comando (gerência). Esta mudança tem feito investimentos de infraestrutura em seus estabelecimentos comerciais.
Para os seus clientes, estes investimentos são de grande importância, pois melhorou, e muito, os serviços prestados à comunidade de uma forma geral. Até aqui tudo bem. Está apoiada a iniciativa.
Um desses estabelecimentos fica às margens do Rio Longá. Com a intenção de oferecer mais um local de encontro de amigos em nossa cidade (uma lanchonete) a nova gerência desse estabelecimento comercial tem se preocupado apenas com os lucros econômicos, ou seja, com o retorno financeiro. O ‘ambiente’ está bonito, conchegante. No entanto, para isso, está contribuindo para a inevitável morte do nosso maior recurso natural – Rio Longá.
Eis que para fomentar seu empreendimento, a nova gerência mandou fazer um poço tubular, às margens do rio, e derrubou algumas árvores que fazem parte da mata ciliar do Rio Longá. Duas atitudes erradas.
Os troncos dessas árvores (angicos brancos) foram transformados em ‘bancos’ para os clientes que queiram ir assistir, sentados e bebendo aquela velha cervejinha, a angustiante morte do Rio Longá. Sem Rio, sem água, sem vida.
Aqui percebemos que os interesses capitalistas vão muito além da preservação do ambiente. Apesar de que a questão sustentabilidade ambiental está tão em evidência, percebemos que em nosso meio isso não vale nada.
Existem uma frase que diz: “não são apenas os animais (homens) que precisam ser preservados”.
O pior de tudo isso é que este empreendimento é da família de um dos responsáveis em fiscalizar, entre outras atitudes, os atos contra a destruição do meio ambiente esperantinense.
Como sei que nada irá acontecer para reverter este crime, continuarei a mostrar os fatos esperantinenses de acordo com minha luta de formador de opiniões.
“Na vida nada é tudo, tudo é pouco e pouco é nada, portanto, vivemos em um ciclo vicioso”.
Der nome aos bois meu amigo jornalista,pois não se faz denúncia assim,a justiça vai procurar quem?
Não resta a menor duvida quanto a importância da denuncia. Estou de acordo com a Beatriz, quem está fazendo tamanha degradação ao meio ambiente? No Piauí isto já virou moda, jornalista fazerem denuncias usando de evasivas, como se diz no popular “sem dar nome aos bois”, desta forma se exime de qualquer responsabilidade. A função de um jornalista, investigar, pesquisar e denunciar.