Médicos voltam a ameaçar paralisar atendimentos pelo IAPEP

Médicos se reuniram ontem para discutir a situação dos atendimentos feitos pelo Iapep (Foto: Divulgação)

O Sindicato dos Médicos do Piauí – Simepi, comunicou ontem (14) que pode paralisar os atendimentos pelo Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos – Iaspi, alegando atraso no pagamento aos profissionais e além de defasagem no valor pago pelos serviços. O Iaspi é o antigo Iapep Saúde, plano de saúde gerido pelo governo estadual e voltado a servidores e familiares.
De acordo com a categoria médica, o governo vem descumprindo acordos feitos ao longo dos anos, incluindo reajustes nos valores dos procedimentos médicos e atualização nos pagamentos. De acordo com Valrian Campos Feitosa, presidente da Comissão Brasileira de Hierarquização de Procedimentos Médicos do Piauí, um outro grande problema é que o Iaspi/Plamta autoriza médicos a realizarem procedimentos e não efetua o pagamento referente.
“Imagine o médico trabalhar, eles autorizam fazer o procedimento e quando for para receber foi cancelado. Sem contar que o médico não recebe justificativa para tal, fora a burocracia. Desta forma teremos que parar”, disse Valrian Campos. O sindicato vai acionar a Justiça para reivindicar a correção do problema.
O presidente do Simepi, Samuel Rêgo, citou ainda que a categoria questiona a obrigatoriedade dos profissionais pagarem por um novo software de atendimento. “Para o médico poder atender no IAPEP ele precisa dessa plataforma. Nesse caso, a entidade está cobrando o valor de R$ 1.100 para implantação. Nós fizemos um acordo e ficou decido que o valor seria reduzido para R$ 60, mas não estão cumprindo”, ressaltou Samuel Rêgo.
Ao O DIA, o Governo do Estado informou que está atualizando os pagamentos e pretende quitar todos os procedimentos ainda nesta semana. “O atraso é pontual devido ao sistema financeiro do Governo, que abre apenas em fevereiro de cada ano”, explicou através de nota. Quanto a defasagem, a diretora do Iaspi, Daniele Aita, já se reuniu com a categoria e tenta buscar um entendimento com a classe.

Por: João Magalhães – Jornal O Dia
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