Militares manifestantes debocham de despacho de desembargador
A manhã desta quarta-feira (17) começou agitada em frente ao Palácio de Karnak, no Centro de Teresina. Por lá policiais militares e bombeiros reafirmaram a continuidade do movimento de paralização que já dura uma semana, desafiando o governo e a justiça.
Com o protesto a categoria mostra que o despacho do desembargador Luís Gonzaga Brandão de Carvalho, determinando que os militares retornem imediatamente ao serviço, não está surtindo efeito para que os policiais e os bombeiros manifestantes retornem ao trabalho.
O capitão Evandro Rodrigues, um dos líderes do movimento, disse que a categoria não volta ao trabalho enquanto não houver um entendimento com o governo e garantiu não ter medo de multa. “Eles (a justiça) podem aplicar a multa que quiserem, não ligamos para isso. Podem aplicar multa de até um milhão de reais se quiserem”, falou.
A paralisação dos policiais e bombeiros militares ganhou, para a Justiça, o status de greve. Para o governo e cúpula da PM, o movimento é desnecessário e não renderá resultados para os “grevistas”.
O comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Rubens Pereira, disse que a categoria já recebeu em 2011 um reajuste de 11% e que não existe possibilidade de reajuste nesta época do ano. “No que diz respeito a reajuste, não tem como haver um novo. Os policiais precisam entender que não é simples assim, existem regras orçamentárias para isso. (…) Sobre equipamentos de segurança estamos providenciando melhores, novos coletes a prova de bala e viaturas novas”, explicou.
Ainda nesta quarta-feira, às 15 horas, acontece no Palácio de Karnak, um encontro com o secretário de governo Paulo Ivan e líderes do movimento. Na ocasião a categoria em paralização pretende propor principalmente a isonomia salarial com a Polícia Civil, dentre outras condições, para o fim do movimento. Informações PortalAZ