“Não existem dificuldades financeiras no Estado” afirma Zé Filho
A eleição está polarizada entre o governador Antônio José Moraes Souza Filho, Zé Filho (PMDB), e o senador Wellington Dias (PT), e o assunto principal de discussão entre os dois são as finanças do Estado. Para Wellington, o Piauí está inadimplente devido a desmandos administrativos e impede o recebimento de recursos federais.
“Piauí está com o nome no SPC e no Serasa devido às dividas. Vários projetos estão voltando sem ter uma contrapartida do governo. O fato é que parece que o governador esqueceu que me sucedeu. Ele está no governo desde 2011, quando foi eleito vice-governador”, argumentou Wellington Dias.
Ele ainda comentou que existe atraso no pagamento de servidores e de fornecedores. O senador falou ainda em atrasos de repasses para centros de reabilitação pelo interior do Estado. “O que falo está com base em dados do Tribunal de Contas do Estado e que são públicos e de conhecimento de todo”, disse Wellington.
Zé Filho afirmou que “não existem dificuldades financeiras. Essas falas são coisas de quem quer fazer terrorismo político. Estamos equilibrados. Eles estão fazendo isso, porque vão perde a disputa. Eles sabem que nós vamos ganhar”, reagiu o governador.
Com relação às determinações do Tribunal de Contas para reduzir os gastos com pessoal e das medidas para enxugar a folha de pagamento, o governador afirmou: “Não fizemos nenhuma contratação. Fizemos substituições. Nós não colocamos gente a mais. Isso tudo foi substituição de gente que já tinha saído. A nossa receita corrente líquida é variável e quando chega no meio do ano as nossas receitas diminuem”, informou o governador, justificando a variação do porcentual de gastos com pessoal exigido pela LRF.
Ele considera que até o final de agosto as projeções é que os gastos com pessoal na folha de pagamento já estejam abaixo dos 50% com as medidas que já foram adotadas. “Quando recebi o governo do Wilson Martins, no dia 4 de abril, o Estado tinha 100 mil 400 contracheques. Exatamente este número. Hoje, nós temos 287 contracheques a menos do que recebemos em abril”, justificou.