Neurologista comprova cientificamente que perfume das flores causa enxaqueca
O neurologista esperantinense Dr. Raimundo Pereira da Silva Neto é o primeiro pesquisador do mundo a comprovar cientificamente a relação do perfume das flores e a enxaqueca. Segundo o estudo, sentir cheiro de rosas provoca dores em quem já tem a doença.
Desde a adolescência, a professora e gestora de comunicação Ana Kelma Galas tem crises de enxaqueca. A vida agitada contribui para que, uma vez ou outra, o mal estar provocado pela forte dor de cabeça atrapalhe a rotina profissional dela. Por causa disso, ela precisou restringir uma série de hábitos, entre eles o da alimentação e sentir odores mais fortes.
“O cheiro forte, principalmente o químico, me provoca crises e agora dor de cabeça mesmo. A enxaqueca vem com muito mal estar, como fosse uma reação alérgica aquilo dali”, declarou a jornalista.
A pesquisa contou com a participação de 158 voluntários. Durante um minuto e utilizando máscaras, eles inalaram odor de flores e em seguida foram observados por 24 horas. Estatisticamente 34% tiveram dor de cabeça, justamente nas pessoas com histórico de enxaqueca.
Segundo o autor da pesquisa, a relação não é novidade, mas até então não havia uma comprovação científica. “As pessoas precisam tomar o conhecimento que este odor só causa dor para quem tem enxaqueca. A nossa pesquisa mostrou basicamente isso”, explicou o neurologista e pesquisador.
Raimundo Pereira da Silva Neto estuda o assunto há 15 anos e recentemente as descobertas dele foram citadas numa reportagem de uma revista europeia, com repercussão na mídia internacional. Atualmente, o pesquisador trabalha para introduzir a dor de cabeça como critério de diagnóstico da cefaleia.
“Há mais de 10 anos trabalho com uma medicação, que o paciente toma este remédio e o cheiro que ele é exposto não ocasiona a dor. Este trabalho com odores não são frequentes no mundo, existem poucos grupos de pesquisadores”, acrescentou o pesquisador.