O preço da falta de água
Por Macelino Keliton (professor de geografia)
A cidade cresce e com ela os problemas estruturais e funcionais.
Olá jovens leitores. Hoje tirei um tempinho dos meus estudos para conversarmos sobre os fatos que rodeiam Esperantina, ou seja, rodeiam a nós mesmos.
A cada dia mais moradores em Esperantina habita. O crescimento natural e vegetativo é percebido como uma mudança que todos os cantos do planeta sente.
Quanto mais gente nas cidades, mais os esforços sociais e políticos sociais deverão existir para atenuar estes problemas das sociedades atuais tais como moradia, segurança, saúde, educação, saneamento básico, coleta de lixo, iluminação pública e inclusive, neste caso, fornecimento de água. Esperantina nos últimos anos ganhou dois novos grandes Bairros. Os dois nasceram com problemas e entre eles a questão ÁGUA.
Um dos Bairros, o Bairro Alecrim, parece que está “pagando o pato”. Está sofrendo pelo que fez em seu espaço natural (antes do bairro ser feito).
Todos os mais velhos homens e mulheres sabem que onde hoje se localiza o Bairro Alecrim existiam um Córrego (afluente do Rio Longá). Este córrego se chamava Alecrim, Riacho Alecrim. Muita água ali existia. Era uma área baixa e bem abastecida de água.
Veio o HOMEM e o matou. Começa aqui os problemas estruturais. Mesmo acompanhado por uma engenharia de um dos maiores bancos do Brasil (Caixa Econômica), o projeto de abastecimento de água do Bairro hoje é ineficiente. Não era para ser diferente tendo como base o Matadouro Público que ainda hoje se localiza em lugar indevido (na frente do Bairro) por conta da omissão dos poderes. E vocês sabem de quem estou falando.
Os moradores do bairro poderiam até direcionar o problema da falta de água para o poder público por este não colocar uma “bomba” com potência necessária para levar água a todos os moradores. Aqui seria outro problema estrutural.
Por outro lado, e principalmente pela morte do Riacho Alecrim, o problema funcional é baseado pela falta de água no lençol freático. Neste caso não tem “bomba” que der jeito. Se não tem água, não precisa de “bomba”. Vocês não acham?
No entanto, podemos ir mais longe em nossos relatos sobre a falta de água nesta “Nova Esperantina” que muitos já se acostumaram chamar o Bairro Alecrim.
É de conhecimento de quase todas as pessoas que muitos moradores desse baixo são contra pagar um R$ 1,00 sequer pela água que utilizam. Dessa forma se sente no direito de usar e abusar da água, quando tem nas torneiras, aponto de fazer com que os moradores da região alta do bairro não consiga desfrutar desse líquido. Aqui afirmamos que é um problema funcional.
Por qualquer serviço utilizado, nesta política neoliberal atual, se faz necessário pagar por ele.
É muito ruim ficar sem água em casa. É questão de segurança social. Por outro lado, sejamos conscientes em conservar-la quando estiver a disposição.
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la” (Voltarie).
Gostei muito de seu texto Marcelino, estava procurando mesmo fatos sobre o residencial alecrim, isso irá me ajudar em um trabalho acadêmico, para eu ter mais bases teóricas.