OPINIÃO – Poder e Servidão
Por Genilson Castro / Assuntano
Na guerrilha de informações que vivemos, ganha quem agradar mais, de qualquer jeito. O que vale é agradar e faturar. E principalmente: não questionar!
Quando o desejo de agradar é maior que o de servir, temos uma inversão de valores que é um dos grandes fatores que atrasam o crescimento do município. As ideias próprias morrem na subserviência cega e apaixonada daqueles que se apequenam ante a figura centralizadora de um mandatário. Para alguns poucos é mais cômodo deixar de lado as vontades e o livre pensar, para apenas seguir à risca o que lhes é determinado, sem nada questionar.
Quando alguém abre mão de valores para servir a interesses, se esquece das virtudes e passa a ser meramente um capacho a serviço de interesses privados em nome de um projeto particular de poder,
O poder da crítica deveria ser exercido mais amplamente, porém ainda é visto como sinal de revolta, de quem não foi atendido em seus desejos e que está sempre pronto a golpear quem quer que seja. Ouvir a população é – ou deveria ser – importante termômetro da aceitação e percepção da atuação de um governo, democraticamente falando.
Mas, quando a mera expressão de pensamentos é tolhida, por não ser aceitável desagradar chefetes, passamos a ter uma clara ideia da subserviência que nos cerca. Nos querem passar a ideia de viver no paraíso, onde tudo faz parte de um planejamento maior e no final, tudo ficará bem, desde que não importunem com opiniões ou expressem ideias. Nos querem fazer crer que, como em passe de mágica tocada a improvisos, Cocal City será a Nova Dubai.
Acorda, Alice!