Os pequenos gestos

Por Marcio Kuhne

EM UMA época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de 10 anos entrou na lanchonete de um hotel e sentou-se a mesa. Uma garçonete colocou um copo de água na frente dele.

 

– Quanto custa um sundae? – ele perguntou.

– 0,50 centavos – respondeu a garçonete.

O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las.

– Hum, quanto custa o sorvete simples? – ele perguntou.

A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa e a garçonete perdendo a paciência.

– 0,35 centavos – respondeu ela, de maneira brusca.

O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse:

– Eu vou querer, então, o sorvete simples.

A garçonete trouxe o sorvete simples, a conta, colocou na mesa e saiu.

O menino acabou o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu.

 

Quando a garçonete voltou, ela começou a chorar a medida que ia limpando a mesa pois ali, do lado do prato, tinham 0,15 centavos em moedas – ou seja, o menino não pediu o sundae porque ele queria que sobrasse a gorjeta da garçonete.

 

Sempre lembre-se daqueles que te serviram. Ser grato aos que nos servem é um dever, tanto quanto servir com alegria. Quem serve, deve mostrar gratidão pela oportunidade do trabalho. Quem é servido deve demonstrar a gratidão pelo serviço do outro. Em todo lugar, sempre dependemos uns dos outros.

 

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